Estava a passar em frente a um prédio em obras, do outro lado do passeio, quando começo a ouvir uma voz masculina e também algumas gargalhadas, à passagem de um jovem que devia rondar os vinte anos.
Além de olhar, fui obrigado a sorrir, até por perceber que os "piropos" dos profissionais da construção civil estavam muito mais polidos.
Ouvi sempre a mesma voz a dirigir-se à moça que passava, chamando-lhe "Menina", com alguma graça. sem recorrer ao que chamamos de ordinarices. Os companheiros limitavam-se a fazer ecoar o seu riso pela rua e a rapariga continuou a caminhar bela e segura, interpretando o papel de "mulher sem ouvidos" com rigor, fingindo que nada daquilo era com ela.
Fui andando sem esquecer uma das frases do trolha, «oh Menina, cuidado com os pregos no chão, nós não queremos que escorregue e rompa os colans.» e claro, sem parar de sorrir.
O óleo é de Linda Christensen.
Ainda bem que os piropos dos profissionais da construção civil subiram de nível:)
ResponderEliminarbjs e uma boa semana
Sempre que aqui regresso é um prazer ler.
ResponderEliminartá tudo a mudar até os piropos...
ResponderEliminar:)
pode ser uma excepção que confirma a regra, Rita. :)
ResponderEliminarolá, Helena.
ResponderEliminarespero que sim, Piedade. :)
ResponderEliminarSinais dos tempos. Quem sabe o "trolha" não é um doutor que não conseguiu emprego na sua área.
ResponderEliminarUm abraço
nunca se sabe, embora também exista muito desemprego na construção civil, Elvira.
ResponderEliminarNem tudo está perdido com piropos tão originais! :)
ResponderEliminarAbraço