As mulheres falavam do apelo da maternidade, enquanto em desfolhava o jornal.
Se duas delas só se recordavam das dores e enjoos, as restantes três não, falavam da cor brilhante da pele, da ausência das enxaquecas e do período e de uma coisa ainda mais bonita de se ouvir: o prazer de ver a barriga a ganhar vida.
Lembrei-me de uma vizinha que já tem quatro filhas, com pouco mais de trinta anos. Não sei quase nada da sua vida, nem tão pouco arrisco uma hipótese. Mas como tem quatro meninas, pode andar à procura do rapaz, que não surge, ou então pode mesmo sentir o tal prazer de ver a barriga a ganhar vida...
Não acredito que tenha um problema qualquer com o planeamento famíliar, mas não sei.
A única coisa que sei é que contribui para que os portugueses não sejam uma espécie em vias de extinção.
O óleo é de Jim Daly.
Gostei particularmente do último parágrafo!
ResponderEliminarAs meninas têm a tendência para as bonecas e coisinhas de casa e os meninos para os carros sem serem encorajados a fazer a escolha. Acontece naturalmente.
Um texto que me despertou amargas recordações.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Que bom, Luís, que voltou às suas excelentes escolhas em termos de telas! Linda esta!
ResponderEliminarQuanto à senhora que já tem quatro filhas... na minha opinião algo materialista, das duas uma: ou tem algum poder económico para as poder criar condignamente ou então é mesmo tonta...
Beijinhos de uma mulher mãe...
naturalmente na sociedade onde se nasce e cresce, Catarina. :)
ResponderEliminarpois, Elvira...
ResponderEliminarvidas.
talvez seja mais a segunda, Graça.
ResponderEliminarmas não lhe vou perguntar.