Cruzei-me com Herberto Helder duas vezes.
A primeira vez aconteceu no interior de um café, nas proximidades do Bairro Alto, onde já tinha entrevistado duas pessoas que "tertuliavam" por ali (Baptista-Bastos e António Anjos). Inocentemente quis acreditar que não haviam duas sem três. Herberto Helder recusou-se amavelmente, disse-me o que era corrente, não dava entrevistas, com ponto final.
A segunda vez que o vi, foi na rua D. Pedro V, cruzámo-nos sem qualquer palavra. O mais espantoso desse encontro foi a Lília desabafar que não encontrava qualquer ligação entre as suas roupas (demasiado sóbrias...) e a sua poesia.
Ri-me, naturalmente. Por saber que uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa...
Ainda lhe perguntei qual era a cor da poesia do Herberto Helder e ela disse-me que era lilás...
Depois do comentário no post anterior, abstenho-me de comentar este.
ResponderEliminarUm abraço
acho que a poesia dele não é lilás.
ResponderEliminaré uma miscelânea das cores do arco- íris.
por vezes preta.
por vezes um abismo.
por vezes céu e mar.
é tudo e tem todas as cores que se lhe quer dar.
um beij
Um tímido? Talvez...
ResponderEliminarclaro, Elvira.
ResponderEliminartambém acho que não, Piedade.
ResponderEliminaraquele lilás foi para gozar comigo.
também deve ser, Graça.
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