segunda-feira, novembro 14, 2011

O Tempo, Curto e Longo...



Devia compreender mais o Carlos, por agora depois de velho, andar a passear o seu cão pela cidade. Sei que o passeio é apenas mais uma forma de ele lhe agradecer a companhia e a amizade, que tanto o ajudam a "enganar" a solidão.

De manhã explicou-me como o tempo pode ser estranho e diferente. Sete anos tanto podem parecer cem anos como estarem demasiado próximos, soarem a quase ontem. Sabe que nunca vai esquecer a companheira, que vai ser assim até ao fim.

O pior de tudo são mesmo as datas que estão gravadas no seu coração: a primeira vez que a viu, o casamento, e sobretudo o seu adeus, no fatídico dia 12 de Novembro...


Só tenho medo que ele à medida que se vá afeiçoando ao seu fiel amigo, vá desistindo das pessoas.


O óleo é de Chris Chapman.

8 comentários:

  1. Apenas um comentário - perfeito!

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  2. E pode crer que é um medo bem real, pois o egoismo de certas pessoas é tão gritante, quanto o carinho dos animais.
    Um abraço

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  3. Enquanto houver quem não desista do Carlos, ele terá razão para nao desistir das pessoas...
    Beijos.

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  4. acho que tens razão, Filoxera.

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  5. sem palavras, apenas as lágrimas que me correm...

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  6. também me deixaste sem palavras, Piedade.

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