sábado, maio 28, 2011

Virtudes Públicas, Vícios Privados

O poder, entre outras coisas, vai fazendo com que as pessoas percam a vergonha e pensem que tudo lhes é permitido.

É por isso que uma boa maior parte dos nossos autarcas, apegados ao poder (alguns desde 1976...), não passam de caciques, abertos a todo o tipo de negócios. Entre outras coisas fingem que é a coisa mais normal do mundo oferecerem empregos de chefia e gestão para os filhos, sobrinhos, ou até para as tias, mesmo que não possuam qualquer tipo de habilitações ou competência para os cargos, tal como fazer "negociatas" obscuras (quase sempre danosas para o erário público) com os mesmos. Com os ministros, secretários de estado e gestores públicos, as coisas não se passam de forma diferente.

Isto explica muito bem o estado a que o nosso país chegou, depois de se ter alimentado todo este "polvo" durante décadas.

E também faz com que se perceba que o administrador das Estradas de Portugal, dois meses depois de deixar a empresa, aceite ir trabalhar para uma empresa (Opway) accionista da Ascendi, que controla várias concessões de de auto-estradas e afins.

Claro que Almerindo Marques segue o exemplo de sumidades como Ferreira do Amaral ou Jorge Coelho.

Já que estes senhores não têm vergonha na cara, não é possível criar uma lei que os proíba de exercerem funções de gestão em empresas privadas, depois de exercerem cargos públicos de chefia nas mesmas áreas?

O Manuel António Pina explica muito bem a situação no "JN", transcrita na "Vida Breve", e agora por mim, com a devida vénia.

Como muito bem desenhou o Rui (em 1995, para a "Visão"), o "Sol" continua a brilhar para a gente do costume, pouco preocupada se as "nuvens estão cada vez mais negras" para a maior parte dos portugueses ...

6 comentários:

  1. Não sabia que Almerindo Marques já se tinha orientado também!
    É uma vergonha!
    Andam todos ao mesmo...

    Abraço

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  2. é a gente que temos no poder, Rosa.

    é mesmo uma vergonha.

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  3. sim, Catarina, do olha para o que eu digo e não para o que eu faço.

    gentinha do mais rasteiro que há, que infelizmente se governa em vez de governar o país.

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  4. Somos uma vergonha!!! Uma vergonha, mesmo! Não encontro mais palavras. Quer dizer, encontro, mas seria uma vergonha usá-las aqui...

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  5. e esta gente ainda se finge indignada, Carol.

    são mesmo de outro país.

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