Por um motivo imprevisto li mais uma vez os "Bonecos de Luz" de Romeu Correia.
Foi bom voltar a sentir a magia das palavras deste amigo e escritor de Almada, que já nos deixou há quase quinze anos.
Lembro-me que este foi o livro que mais gostei do Romeu, quando comecei a ler uma boa parte da sua obra literária, no começo da década de noventa. Adorei a sua história (a chegada do cinema pela primeira vez a uma pequena aldeia, com todas as peripécias transportadas pela novidade) e a construção das personagens, especialmente o Zé Pardal, o pequeno órfão e vagabundo, que à medida que vai crescendo e sonhando, sente-se cada vez mais parecido com a grande estrela dos primórdios do cinema, o Charlot, a quem não faltava o bigode, a bengala, as botas viradas para a sarjeta e aquele seu andar único.
"Bonecos de Luz" é um excelente livro, em qualquer parte do mundo, pelos dramas que mistura e embrulha no lençol branco, onde ainda hoje se projectam uma boa parte dos nossos sonhos...
Luisamigo
ResponderEliminarDepois de uns tempos sem vir aqui, encontro um texto sobre os Bonecos da Luz que, também para mim é o melhor livro do meu bom Amigo Romeu Correia, com quem tive a honra e o prazer de ter tido momentos de encanto, de conversas longas e de... estroina. De política, zero. Não éramos da mesma cor; o que não queria, nem quer, dizer nada.
O boxe e o atletismo não o largavam. Bem como o teatro. Sabe-lo tu, não preciso de ensinar a missa ao vigário...
No nosso último encontro, falámos e falámos sobre a Palmatória. Meses, escassos, depois, foi-se. Mas ficou connosco. Para sempre.
Abç
PS (Aqui é Post Scriptum) - A Travessa continua viva; pelo menos, mexe-se...
Nunca li nada deste autor. Leio quase só autores portugueses porqque gosto de mais da nossa língua para ler traduções (embora as haja muito boas). Mas, de facto,confesso: nada conheço de Romeu Correia para além do nome. Tenho de me "instruir", mas tenho tantos livros para ler!...
ResponderEliminarsim, está aqui com os seus livros, Henrique.
ResponderEliminare que belas histórias contava, de tudo, até das mulheres da sua vida...
é um autor a caminho do esquecimento, Carol.
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