domingo, maio 29, 2011

Não há Bela sem Senão


Embora continue a escrever à maneira antiga (mais por preguiça que por outra coisa...), nunca me manifestei contra o novo acordo ortográfico, porque sempre pensei que era uma boa ideia simplificar algumas palavras do nosso Português.


Como acontece em todos os acordos, não é perfeito. Há várias palavras que me parecem infelizes, provavelmente não se devia ter ido tão longe, mas não há bela sem senão.

Não fiquei parado no nosso cantinho europeu, lembrei-me dos milhões de pessoas que falam português no Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. Pensei que era bom continuarmos a ser uma língua universal.

E também me lembro que quando andava na escola primária fazia-me confusão dizer espetáculo e escrever espectáculo, tal como exatamente e exactamente. São muitos os exemplos. Claro que também há palavras que nos soam estranhas, fato é uma delas, e até o direto que aparece nas reportagens televisivas.

E se pensam de forma contrária, não tenham qualquer problema em deixar a vossa opinião.

O óleo é de Jurgen Geier.

16 comentários:

  1. Já tenho manifestado a minha opinião sobre o acordo ortográfico... várias vezes! : ) Não tive qualquer “input” nesta decisão, portanto, decidi aceitá-lo porque será uma perda de tempo e de energia da minha parte não o fazer. Há, de facto, certas palavras que me parecem “despidas”, mas vou-me habituar. Se bem me lembro, as consoantes que não se leem ficam. Será? Quando leio “facto” , o “c” lá está, consequentemente, vai ficar quando escrever esta palavra até confirmar que o “c” desapareceu para sempre... ! : )

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  2. Enquanto me for possível continuarei a escrever pela forma antiga. Porquê? por ter achado que fizémos cedências demasiadas e ainda por comodidade. O tempo dirá.

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  3. Completamente de acordo!!! Não tenho nada contra. Sei lá quantos acordos já se deram e não deixámos nem deixaremos nunca de falar e escrever bem (ou mal) a nossa bela língua! A língua é um sistema aberto, dinâminco e em constante mutação. Aprendi com o F. Saussure e pronto! (ou deverei dizer "prontos"?....)

    Mas também vou continuar a esscrever como aprendi. Dá-me mais jeito.

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  4. Eu ainda não me habituei. E nem sei se isso vai acontecer.

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  5. eu ainda continuo a escrever pela fora antiga e não sei quando e se me vou habituar a este acordo...

    boa semana!

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  6. Eu sempre me manifestei contra o acordo, mas também já parei para me perguntar "porquê?"... afinal, a história faz-se de mudanças, e talvez eu esteja a ser apenas, obstinada... ou comodista :)
    Por isso, decidi parar de espernear :) Mas adoPtar, só mesmo em Janeiro de 2012... :))

    Beijinhos

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  7. Completamente contra o acordo. As línguas devem evoluir naturalmente. Jorge Amado em Português de Portugal ficaria ridículo. Nunca se deixou de ler autores africanos ou brasileiros por usarem a sua forma pópria de escrever. Também nunca nos deixámos de entender. Um facto não é um fato. E um fato é um terno.

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  8. O título do post diz tudo.
    Estou muito perto da opinião do comentário anterior.

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  9. eu nunca fui capaz de me manifestar contra o acordo, mesmo defendendo que a língua mãe não pode nem deve ser banalizada, Catarina.

    mas é preciso simplificar, não tenho dúvidas. mas em alguns casos devia ter havido mais bom senso.

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  10. eu vou tentar largar o comodismo, Helena.

    não sei se fizemos cedências de mais, penso que alguma tinha de ser feita, para não se dar origem a outra coisa qualquer.

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  11. também penso assim, Carol.

    não podemos ficar quietos no nosso sitio, apenas porque fomos os primeiros a falar português...

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  12. claro que vai, Laura.

    basta todos os jornais, revistas e televisões adoptarem o novo acordo, para te sentires uma "ET".

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  13. vamos todos, Piedade.

    somos animais de hábitos. só falta começar.

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  14. acho que somos todos comodistas, Virginia.

    não vai ser fácil mudar, tal como não foi a mudança de moeda. mas acabamos por nos adaptar, é a nossa sina humana.

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  15. este acordo é uma evolução e um trabalho de anos, George.

    mas não vai se intrometer com a escrita, com a literatura. a forma de escrever do brasileiro continuará a ser diferente do português. é mais uma questão de estilo, de narrativa, que de vocabulário.

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  16. sim, Carlos, mas penso que era uma coisa inevitável.

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