terça-feira, maio 17, 2011

Conversa Sobre Cinema nos Fados


A noite era de fados, talvez por isso fosse mais agradável falar de cinema, para fugir daquele clima carregado de melancolia.


Ela conhecia tantos filmes como eu, mas tinha uma vantagem, memorizara frases de dezenas de fitas que misturava com as ideias e as imagens que saltavam para a mesa. Talvez fosse do exercício de decorar canções...

Tinha outra característica especial, era a única mulher que eu conhecia que cantava fado com um sorriso nos lábios. Cantava mais por prazer que por sentimento, era por isso que nunca seria uma fadista a sério, segundo os críticos.

E eu só queria que ela não mudasse, que continuasse a cantar com alegria e a discutir cinema como se falasse sobre futebol...

O óleo é de Ron Hickes.

6 comentários:

  1. Diz-lhe isso, Luis.
    Aposto que se lembrará de não mudar, continuando a cantar com um sorriso.
    Beijo.

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  2. Há muitos anos que não vou a uma casa de fados. Da última vez que fui (em Lisboa) um dos fadistas recordou os presentes que deveriam estar em silêncio para melhor poderem ouvir o fado! Nós, como bons portugueses mas habituados já a respeitar os cantores e os outros elementos do público, continuámos atentos! : )
    A propósito: o jantar foi péssimo!
    Ela não vai mudar... : )

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  3. não preciso de dizer-lhe, ela não gosta de cantar de olhos fechados, Filoxera.

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  4. Há fados com letras tão bonitas...o Ary escreveu muitos :)

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  5. sim, muitos mesmo, George.

    e o David Mourão Ferreira também.

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