O José Cardoso Pires uma vez disse, mais ao menos isto: «as mulheres sabem sempre o que querem e nós estamos sempre cheios de dúvidas.»
Não é nada de novo, outros homens disseram coisas parecidas. Somos realmente diferentes das mulheres, acho que não lutamos tanto pelas coisas como elas, talvez por nos parecerem mais fáceis, por o "mundo" estar organizado mais à nossa imagem.
E isto acontece desde muito cedo, logo na infância.
E sim, acho que gostamos de duvidar, de ter dúvidas.
Ao pensar nas nossas diferenças lembrei-me da minha primeira amiga de infância, a Zézinha, apesar de termos menos de dez anos, acho que foi a minha primeira namorada, não apenas pelos beijos que trocávamos numa imitação clara dos adultos, mas pelas muitas brincadeiras que fazíamos, inclusive de marido e de mulher.
Mas o que queria dizer era que não achava muita piada andar na rua de mão dada com ela, sentia-me envergonhado, em relação aos amigos da minha idade. O mais curioso e que era ela que me agarrava a mão, como se já quisesse dizer que eu era dela...
Das coisas que nos lembramos, quase por nada, pelo menos aparentemente...
O óleo é de André Kohn.
Os rapazes, em certas coisas, são menos atrevidos do que as raparigas porque receiam perder a confiança, a admiração dos seus amigos.Tem medo de ser ridículos. As raparigas não. Para elas é “maturidade”, “conquista”! : )
ResponderEliminarLembramo-nos, Luís, quando, por algum motivo, atravessamos os nossos labirintos.
ResponderEliminaracho que é isso, Catarina, temos mais receio do ridiculo, além das dúvidas de que nos fala José Cardoso Pires.
ResponderEliminarsim, Helena.
ResponderEliminaro mapa da nossa vida está sempre presente.
é: as pilinhas teimam em não assumir que também são feminino.:-)
ResponderEliminarComo "as mulheres sabem sempre o que querem"?
ResponderEliminarNão me parece que seja assim. Já encontrei mulheres com muitas dúvidas e homens muito decididos.
Idem quanto às mulheres lutarem mais pelo que querem do que os homens (devo até confessar que tinha a ideia oposta, quanto a ser mais fácil acomodarem-se, por não lhes ser socialmente exigido tanto como aos homens, a quem desde crianças é dito que "um homem não chora" etc.).
não tinha pensado nesse ponto de vista, Sinhã. :)
ResponderEliminartodos nós temos dúvidas (é inerente à condição humana), mas as mulheres acreditam mais e defendem mais aquilo que querem e o que é seu que nós.
ResponderEliminaro maior exemplo é a defesa das "crias", Gábi.
e quando querem uma coisa lutam muito mais que nós, por muito que sejam discretas.
se achas que são mais acomodadas, explica-me lá então porque razão são melhores alunas e têm melhores notas que os rapazes?
Luís,
ResponderEliminarEssa questão das notas prende-se também com a maturidade. As raparigas são mais "crescidas" mais cedo que os rapazes, que infelizmente, por vezes, nem nunca crescem. Mas é um facto e está a preocupr o Minitério. Por cada oito raparigas que entra em medicina, por exemplo, entra um rapaz. Parece que são mai ou menos etes os números...é uma grande disparidade.
penso que não é apenas a maturidade, George, é mais qualquer coisinha.
ResponderEliminarHá estudos que indicam que o actual sistema escolar é mais adequado a características da mulher. O que me lembro da escola é que encontrei boas alunas e bons alunos, desde a primária até à faculdade. E pode até ser, por exemplo, que os rapazes não fiquem na escola por quererem mais liberdade e independência.
ResponderEliminarGábi, nós somos menos aplicados, gostamos mais de "brincadeira".
ResponderEliminare noto isso nos meus filhos, o meu filho é mais "baldas" que a minha filhota...