quinta-feira, abril 28, 2011

Musicalidades Interiores e Exteriores


Não sei porquê, mas muitas vezes vou a andar na rua e começo a ouvir música dentro de mim. Quando maior for o silêncio, melhor é a sonorização "interior".


Quase que jurava estar a ouvir Maria Callas, quando um galo se intrometeu pelo meio e desligou o "gira-discos".

Esqueci a música e fiquei a pensar o que estaria aquele galo a fazer na cidade, no meio dos prédios, mesmo sabendo a resposta.

Sim, há gente que embora viva uma vida inteira na cidade, nunca se liberta totalmente dos campos. Tanto pode ter a pequena courela onde semeia umas couves e batatas, como uma capoeira com galinhas do campo...


O óleo é de Poen de Wijs.

10 comentários:

  1. Gostaria de sobre este texto te dizer o quanto gostei de o ler, mas não sei explicar.

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  2. Quando as raízes são profundas é isso que acontece. Da mesma forma que uma pessoa habituada à cidade com dificuldade se habituará ao campo por longos períodos de tempo. Quem pode viver em ambos os lados é um sortudo! Ou sortuda!

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  3. Uma ideia lindíssima, essa de ouvir música, quando se percorre a cidade ou o campo.
    Um beijo, Luís.

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  4. A música vive cá dentro...

    Quanto ao comentário no EQ, era mesmo para dar ao conto aquele tom dramático :-)

    Bom fim-de-semana!

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  5. e tu? não ouves música de nenhures, Momo?

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  6. saiu assim, Helena...

    porque pensei nas músicas que por vezes me soam nos ouvidos. o galo foi uma "aparição". :))

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  7. sim, quem não pode mata as saudades destas formas, Catarina.

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  8. pois vive, Filoxera.

    (talvez seja algum parafuso desapertado)

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