«Ainda não vivemos num país em que está interiorizada a ideia de que as opiniões, as opções, são aquilo que o individuo tem de mais seu e de mais livre.»
Esta frase de Eduardo Lourenço, que retirei de uma entrevista que deu ao "Expresso" a 23 de Setembro de 1995, ou seja há mais de quinze anos, continua a explicar muita coisa do nosso país. Até o "desnorte" dos nossos políticos, cada vez menos habituados a pensar pela sua própria cabeça, e por isso mesmo, com notórias dificuldades em definir rumos.
Mesmo os chamados "fazedores de opinião", são cada vez menos livres. Muitos deixam ficar o "rabo de fora" vezes demais e fazem com que percebamos que se movem mais por "ódios de estimação" ou "encomendas", que pelas suas ideias legitimas.
Sinto que se voltou a difundir a ideia de que «quem não é por mim, está contra mim», tão ao jeito dos medíocres e ditadores, criando falsos unanimismos e abrindo espaço a "mártires" enganadores.
O silêncio (quase forçado) sempre deu muito jeito a esta gente, por isso é que escolhi a escultura de Matteo Publiese.
E muito bem escolhida para encimar um texto com o qual concordo em absoluto. Nem sei falar, tal o espanto do que se está a passar e, obviamente, não falo da crise, mas das tentativas de "não" a resolver.
ResponderEliminarNenhum comentador ou «politólogo» se atreve hoje a avançar com uma evidência, sem imediatamente a compensar com conjecturas ou especulações nada evidentes. Não há nenhuma afirmação que não traga um «mas» acoplado, e não é por razões de dúvida metódica, mas por medo. :-S
ResponderEliminarBastante pertinente, este post, Luis.
ResponderEliminarBeijos.
sim, de repente parece que está tudo de pernas para o ar, que o país está mesmo a "ir ao fundo", Helena...
ResponderEliminarsim, e cada vez transportam menos esperança, Luisa.
ResponderEliminarsaiu assim, Filoxera...
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