tag:blogger.com,1999:blog-384716182024-03-19T01:53:52.519+00:00largo da memória"Antigamente o Largo era o centro do Mundo."
(Manuel da Fonseca)Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.comBlogger4611125tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-41968981315597832982024-03-18T20:44:00.003+00:002024-03-19T01:52:55.366+00:00Bocados nossos que colamos às personagens...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX-UGg59NxeATf6RkICtZ4lz-uMcxU52MpOW9k3iQWNJxMZ2_O6hIcPd-JJ4pb1gCrClhDvVHXjIZLvHvOTkuc18eg4Gs3jHZaQQFqjKdJH_BFuio0V4Um8inc6q8qflHlDRK9CWDNVG9FrNwlI2Ha0eohO7MQpz37QVl9PZJXyTbS0ksCNdY7hw/s3458/30%20LISBOA%202018.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2346" data-original-width="3458" height="408" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhX-UGg59NxeATf6RkICtZ4lz-uMcxU52MpOW9k3iQWNJxMZ2_O6hIcPd-JJ4pb1gCrClhDvVHXjIZLvHvOTkuc18eg4Gs3jHZaQQFqjKdJH_BFuio0V4Um8inc6q8qflHlDRK9CWDNVG9FrNwlI2Ha0eohO7MQpz37QVl9PZJXyTbS0ksCNdY7hw/w600-h408/30%20LISBOA%202018.JPG" width="600" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Abri o romance que escrevi há mais de trinta anos, na página 35, com vontade de ficar surpreendido. Não fiquei. Depois dei um salto para a página 64, continuava a ser futebol a mais para o meu gosto. Até que dei um "pulo" até à 81 e vi o Tejo. Foi por isso que li em voz alta:</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">«Olhou a janela do quarto da residencial, descobriu uma rua pouco movimentada que o confundia. Ao longe esperava-o um quadro diferente, o Tejo das horas boas e das horas más.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Voltava a sentir um desejo avassalador de percorrer as ruas de Lisboa e olhar ninfas que prometiam coisas que nunca cumpriam. Parar em esplanadas carregadas de inúteis que apenas sabiam contar anedotas com barbas e conversar sobre o tempo. Queria embarcar num cacilheiro e navegar no rio grande que transformava a capital numa ilha.»</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Raramente falo sobre o que escrevo. Acho que isso acontece por achar que não é dos melhores assuntos de conversa. Mas desta vez abri uma excepção e falei de muitas coisas que estavam dentro do livro. Já não me lembrava da maior parte das personagens, mas mesmo assim admiti, que andamos anos a enganar-nos, a fingir que inventamos personagens a partir do nada nas histórias que escrevemos, como se isso existisse. Mais tarde descobrimos que cada uma delas tem sempre um bocado de nós, por muito pequeno que seja...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Outra coisa que fazemos é escolher traços das pessoas que gostamos para serem "bons da fita", e dos outros, que passamos bem sem lhes pôr a vista em cima, para fazerem de palermas ou de bandidos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-1174258980287119402024-03-17T21:54:00.013+00:002024-03-18T11:26:12.950+00:00A magia da rádio e aquele toque, quase festa, nas minhas costas...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKR2of6M3H4CtXxChvB2-Sfpp7cuZBPiGLfO2twbM3phEim-9ruVWdKHyWilaWbIK5phB2GOTawbGGbhgpe5XA2hVA6VsKpi6LnekUUtNZYKWaFc2TkgRV_8iAZEIEXQB0TezrTsUHAiQeY0nkjeAt0X1Pr1pwmPU6F9NFo8MsbiQYHVRA8iSKAA/s3648/IMG_8996.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2522" data-original-width="3648" height="414" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKR2of6M3H4CtXxChvB2-Sfpp7cuZBPiGLfO2twbM3phEim-9ruVWdKHyWilaWbIK5phB2GOTawbGGbhgpe5XA2hVA6VsKpi6LnekUUtNZYKWaFc2TkgRV_8iAZEIEXQB0TezrTsUHAiQeY0nkjeAt0X1Pr1pwmPU6F9NFo8MsbiQYHVRA8iSKAA/w600-h414/IMG_8996.JPG" width="600" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><div style="text-align: justify;">A rádio tem uma magia especial. Mesmo assim não lhe dou a atenção que merece. Quase que só a oiço quando ando de carro (coisa que não faço todos os dias...).</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Mas não foi por isso que visitei a Antena 3, a propósito dos 50 anos da Revolução de Abril. Foi porque a Incrível Almadense tinha sido convidada para participar e acharam que devia ser eu a falar da história desta enorme Colectividade de Almada. Isso aconteceu já nos finais de Fevereiro, mas só ontem é que foi para o ar.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">A única experiência radiofónica que tive, deve ter sido há já uns bons quarenta anos, quando apareceram as "rádio piratas", que invadiram o país (de uma forma genuína e descontrolada...), e foi episódica. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Fui muito bem recebido pela Rita, pelo Francisco e pela Raquel, que me abriram logo o estúdio, para ver "como era" e ficar ali a ouvir o bonito exemplo de voluntariado de Fernanda Freitas, com o seu belo projecto de contadores de histórias para as crianças adormecerem nos hospitais... E depois apareceu Isabel do Carmo, médica e resistente (tanta sabedoria e simpatia) e o Kalaf Epalanga (esse mesmo, dos "Buraka som Sistema") e entretanto começou o programa. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Durante quase meia hora contaram-se histórias, neste programa de Abril, "Não Podias", em que o tema central era "não podias reunir-te". Gostei muito de ouvir a Isabel e o Kalaf, que iam respondendo às perguntas pertinentes do Francisco e da Raquel. E quase no fim falaram da Incrível e fizeram-me também perguntas, sobre como era a Incrível na ditadura. Disse logo, com um grande orgulho, que foi sempre democrática. Falei das sessões solenes de Outubro, em que era costume convidar uma grande figura do republicanismo (dei o exemplo dos professores Simões Raposo e Vieira de Almeida), que empolgado com o apoio e com a sala cheia, começava a denunciar algumas das tropelias do regime e acabava muitas vezes com "Vivas à República" - por acontecerem quase sempre durante o feriado do 5 de Outubro.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Falei também da fuga do Zeca Afonso do Salão da Incrível, quando apareceu para cantar de surpresa (em 1970). Como estava proibido pelo regime de cantar em público o seu nome não podia constar nos cartazes publicitários sobre os concertos musicais... da qual existem duas versões (e possibilidades reais de fuga, uma por um alçapão que fica num dos cantos do palco, quando se vai para os camarins e outra por umas escadinhas estreitas que tinham ligação com o cinema, para ruas diferentes, para a Capitão Leitão e para a Heliodoro Salgado).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Sei que o Francisco também me perguntou se não havia medo em relação às autoridades e como é nos defendíamos em relação a estes actos, de alguma forma "subversivos". Disse que a maior parte das vezes fazíamo-nos de parvos, como se tivéssemos sido apanhados de surpresa, perante os acontecimentos... E normalmente era suficiente para que as autoridades se ficassem pelas ameaças. Falei dos 175 anos e da banda, que dizem ser a única do país, que nunca deixou de tocar, desde a sua fundação e... o programa acabou (pois foi, soube a pouco, ficou tanto por dizer sobre a Incrível...).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Em relação ao título deste texto, ele deve-se ao gesto do meu filho, que foi apanhado de surpresa, no sábado de manhã e ficou a ouvir comigo (via televisão, que também pode ser rádio...) o programa "Não Podias" e gostou do que ouviu e do que eu dissera e manifestou-o com um "que giro" e o tal toque suave nas minhas costas, em jeito de festa...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-21815664913265075332024-03-16T21:07:00.006+00:002024-03-17T01:21:05.491+00:00Encontrar a "casa vazia"...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3G_jHqn31jP6DhlCzQ0UVWA84ajmWM3DUAnsFPFBbKP3bVvjHgBDUSG9S5-ZPoYM5GUXB7SHRQ2mIOF5rsl34RB5fbJvqDMtvOyrwQHCSUpXXEvUCOdZE4HhRDoG5JDaC84cPJtzRZVgYr49Ro-gksycwipdrIbfa3BO3UMzwcNfhVZzQvTA2Ww/s3460/IMG_9169.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3460" data-original-width="2497" height="520" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3G_jHqn31jP6DhlCzQ0UVWA84ajmWM3DUAnsFPFBbKP3bVvjHgBDUSG9S5-ZPoYM5GUXB7SHRQ2mIOF5rsl34RB5fbJvqDMtvOyrwQHCSUpXXEvUCOdZE4HhRDoG5JDaC84cPJtzRZVgYr49Ro-gksycwipdrIbfa3BO3UMzwcNfhVZzQvTA2Ww/w375-h520/IMG_9169.JPG" width="375" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Às vezes acontece, quase sem darmos por isso, deixamos fugir o tempo e, quando finalmente regressamos, aos lugares que nos marcaram, encontramos a "casa vazia".</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Andamos demasiadas vezes distraídos com outras coisas e esquecemos que à medida que os anos passam por nós, as horas começam a ter menos minutos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Mesmo sem saber como seria o reencontro, era melhor não encontrar a "casa vazia", era melhor ouvir vozes, sentir que a vida continuava por ali...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Talvez me tivesse enganado no mês. Março começa por éme, mas não é Maio.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-44757687179036830242024-03-15T20:30:00.007+00:002024-03-15T20:32:30.274+00:00A "destruição" do jornalismo independente começou há mais de duas décadas<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYjZAl_lvsa2y7QLhuNraZPyhCj8LcSaz03wTA5M9TecNjjp2RPXgh_ZzDChuBplX5wrXfPNTqfFjoKgbMZJaTT9hx_lLDurjWPMKfdMgR8RAHX05ws9DC45nHFvmrZzhz1BCxXQtKv3E50HhJwvLqU2fbBFXHFi2kBup_5nVyNkfvBt-3gYIokw/s3528/IMG_3166.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3528" data-original-width="2454" height="576" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYjZAl_lvsa2y7QLhuNraZPyhCj8LcSaz03wTA5M9TecNjjp2RPXgh_ZzDChuBplX5wrXfPNTqfFjoKgbMZJaTT9hx_lLDurjWPMKfdMgR8RAHX05ws9DC45nHFvmrZzhz1BCxXQtKv3E50HhJwvLqU2fbBFXHFi2kBup_5nVyNkfvBt-3gYIokw/w401-h576/IMG_3166.JPG" width="401" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Os órgãos de comunicação social sempre foram uma tentação para todos aqueles que queriam aumentar o seu poder e influência, política e económica.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">O aparecimento das televisões privadas limitou-se a dar um primeiro "safanão", no que se considerava até aí, ser o jornalismo independente. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">A aposta em tornar tudo num espectáculo, até mesmo os espaços de notícias, mudou a forma de informar. Ao ponto do director de um dos canais (Emídio Rangel) dar a entender que a sua televisão poderia ser determinante na escolha do Presidente da República, com uma conversa sobre "sabonetes"...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Depois também passou a ser moda comprar e vender jornais e revistas, com vários empresários, nacionais e africanos, a investirem na imprensa. Embora se duvidasse das suas verdadeiras intenções, nunca se levantaram grandes ondas. Quase toda a gente, inclusive os jornalistas, fingiu estar distraída, com este novo rumo do jornalismo, que foi trazendo ao mesmo tempo para as suas direcções, gente cada vez mais inclinada para o lado direito, que por sua vez, também começaram a convidar para cronistas e comentadores, amigos com as mesmas ideias políticas e com a capacidade de dizer uma coisa hoje, e o contrário, no dia seguinte.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Quase que podemos dizer que a imprensa apenas se limitou a imitar as televisões, onde hoje, mais de dois terços dos seus comentadores são próximos dos partidos de direita. Existe ainda a "curiosidade" do espaço de comentário político de domingo - mais longo -, ter como protagonistas </span><span style="font-size: large;"><span style="font-family: georgia;">Paulo Portas (CDS) </span><span style="font-family: georgia;">na TVI e </span><span style="font-family: georgia;">Marques Mendes (PSD) </span><span style="font-family: georgia;">na SIC, que nem sequer se dão ao trabalho de disfarçar ao que vêm. Isso acontece há mais de meia-dúzia de anos, sem que alguém do PS demonstrasse desagrado (vá-se lá saber porquê)...</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Foi desta forma que chegámos a 2024, com um jornalismo cada vez menos livre e menos credível. E com as redacções a trabalharem com cada vez menos condições materiais e humanas...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-7413461160406616682024-03-14T17:03:00.012+00:002024-03-14T17:04:57.126+00:00"Jornalismo Sempre!"<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJBHm5pA3ppfwYWPOLhJu8ma2SIADTTe9apqZyppnemSVPSGtBwHk-DaXsxOIQmJ49P3IZq_tZbJShkJd9-Wz3V5aXvk5B0lEbjxqTjb9EoSvhJPvyEN_Zy-Nl_h94dK4Cb-0OCURsPQFrG0CGFumeGEMDKxlgWWA61KOiLhSu9rEdXPNCtvfltg/s580/14%20mar%20jornalismo%20luta.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="580" data-original-width="464" height="536" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJBHm5pA3ppfwYWPOLhJu8ma2SIADTTe9apqZyppnemSVPSGtBwHk-DaXsxOIQmJ49P3IZq_tZbJShkJd9-Wz3V5aXvk5B0lEbjxqTjb9EoSvhJPvyEN_Zy-Nl_h94dK4Cb-0OCURsPQFrG0CGFumeGEMDKxlgWWA61KOiLhSu9rEdXPNCtvfltg/w429-h536/14%20mar%20jornalismo%20luta.jpg" width="429" /></a></div><br /><p></p><div><br /></div>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-91341799784154856912024-03-13T21:58:00.002+00:002024-03-14T16:59:21.813+00:00O equilíbrio e bom senso que faltam cada vez mais neste nosso país...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR-TPkIcqinP3erWMQlV5gXdgsZKJosPI9xo-cF6QSPQrDzOinSc5bY-oT0I0w-QtjsU2iFD0r0rMi18WjOSA_PFrvnq0liicvSfoZV7oOwJfAMqQSu09SmZlC_chdsdi06yc4GlA-gJC12sWaZXpbtw6-QkTQRO_hY1kOaMFLi4FLQb3lkv0Nkw/s5184/044.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3888" data-original-width="5184" height="468" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiR-TPkIcqinP3erWMQlV5gXdgsZKJosPI9xo-cF6QSPQrDzOinSc5bY-oT0I0w-QtjsU2iFD0r0rMi18WjOSA_PFrvnq0liicvSfoZV7oOwJfAMqQSu09SmZlC_chdsdi06yc4GlA-gJC12sWaZXpbtw6-QkTQRO_hY1kOaMFLi4FLQb3lkv0Nkw/w622-h468/044.JPG" width="622" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Uma simples frase do folheto de um partido que parece ser uma "multinacional" (Volt), com uma cabeça de lista bonitinha e bem falante, sem ter tiques de "vendedora de feira", criou uma conversa, que a breves momentos parecia uma discussão. Tudo isto porque adoramos o nosso lado italiano de comunicação, em que falamos com tudo, palavras, mãos, braços, cabeça (mas sem qualquer vestígio de violência ou chatice séria, mesmo que isso possa transparecer para as mesas ao lado, durante o almoço...).</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Todos estávamos de acordo que não era preciso irmos tão longe e termos "paixão pelo bom senso", como a Inês, mas que cada vez se notava menos equilíbrio e até inteligência, nas relações humanas, fosse no trabalho, em casa ou no comércio, ninguém qualquer tinha dúvida...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Quando dizíamos uns aos outros, que nunca fomos muito bons da cabeça, mas desde a pandemia, vamos mais facilmente do "oito ao oitenta". Parece que cada vez há menos meio termo, em praticamente tudo. Ergueu-se uma voz discordante.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">O Jorge disse que a "pandemia" não tinha nada a ver com isso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Não concordámos. Foi quando ele trouxe a justiça para a mesa, que era um dos factores essenciais de equilíbrio social, e que desde que se tornou uma "telenovela", com actores alexandrinos e rosinhas com e sem limões (são palavras dele...), nunca mais houve bom senso. E isso tornou-se mais grave quando se prendeu um ex-primeiro-ministro em directo no aeroporto. Ainda faltavam uns anitos para levarmos com a pandemia. E depois trouxe o último caso, não menos polémico nem menos telenovelesco, em que embarcaram 300 pessoas, a maioria inspectores da judiciária, num avião militar, para prenderem meia-dúzia de pessoas, que depois de estarem detidos de forma ilegal durante uns quinze dias, foram libertados sem que lhes fosse atribuída culpa de qualquer crime.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Como o Jorge estava com a corda toda, ainda nos deu mais um exemplo, este ainda mais gritante e verdadeiro, a acção policial. Onde devia existir mais sangue frio e bom senso, opta-se quase sempre, ora pelo deixa andar ou pela violência gratuíta. Ora se fecha os olhos (se foram meia-dúzia os criminosos, não vá sobrar para eles e ultimamente tem sobrado mais vezes...), ou se apanham um ou dois suspeitos, e antes de fazerem perguntas, usam-se logo os cassetetes, as botas e até os punhos nos seus corpos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Não estávamos à espera de ser tão contrariados (houve mais exemplos). Pensávamos que tudo mudara depois da "pandemia", e afinal as coisas já estavam desequilibradas, vários anos antes...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Claro que as coisas estão pior. E ainda temos a guerra, que estando longe, parece estar perto...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-18503016167429997292024-03-12T20:29:00.009+00:002024-03-12T20:32:49.179+00:00O primeiro episódio das "conversas que se dizem quase ao ouvido"<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgENyjlWVNiLhtc6lQ4ZVCn_nV7eCpvOfPJWu67kNtpTisSmsI7XBgbRQ4rwBpl7nByUsvmDOzOga7JUQCmJjpRP2jApMlGAXmBEyCkb06bbbd-iorVreK4rdSehC-0NaCTRJk5GoTqftTMkJRnXVPg0JUABk4NU14TnrVcOiB1C_3395dG9rbVcQ/s4409/DSC04704%20(2).JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3185" data-original-width="4409" height="439" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgENyjlWVNiLhtc6lQ4ZVCn_nV7eCpvOfPJWu67kNtpTisSmsI7XBgbRQ4rwBpl7nByUsvmDOzOga7JUQCmJjpRP2jApMlGAXmBEyCkb06bbbd-iorVreK4rdSehC-0NaCTRJk5GoTqftTMkJRnXVPg0JUABk4NU14TnrVcOiB1C_3395dG9rbVcQ/w607-h439/DSC04704%20(2).JPG" width="607" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Talvez por eu não o tratar como um maluquinho, muito menos me preocupar muito onde começava e acabava a ficção que se misturava com as suas memórias, ele não parou de me contar as suas inquietações.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Não sei porquê, mas fixei-me nessa palavra bonita que é a liberdade, enquanto ele me falava das suas duas "casas" na Capital:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">«Sei que devo estar a sonhar ou a imaginar coisas, mas penso muitas vezes que a barraca que construi e fui viver depois de casar, e onde nasceu o meu primeiro filho, era melhor que esta casa de cimento.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Esqueço-me do frio, do calor, da falta de luz eléctrica e de água canalizada, e de tantas outras coisas, que eram tão más e feias, que apaguei-as mesmo da minha cabeça.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">A única coisa que me ficou foi a sensação de liberdade que existia. Acho que por não ser uma casa a sério, tornava tudo mais fácil. E também sabia que era difícil viver pior. E sorria com isso... É por isso que às vezes penso que devo estar a amalucar.»</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Expliquei-me que não. Provavelmente ele foi feliz naquela barraca, mesmo que fosse tudo demasiado pobre e miserável. E só se lembrava dessa sensação, que há distância de 40 e muitos anos, lhe parecia uma outra coisa...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nota: <i>Vou chamar a estas conversas, "Coisas que se dizem quase ao ouvido", que nascem do diálogo que tenho com algumas pessoas que gostam de falar sem "travões" e nos contam toda a história da sua vida, mesmo sem lhe pedirmos...</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-72479795757165427402024-03-11T09:41:00.008+00:002024-03-11T09:42:51.286+00:00«Quem é esta gente que vive à nossa volta?»<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin38pe2HKFDskn5a0Yep3MLsyPEWJ9HJNbh6z6llTSlwUPJhvP3Jfy5hWrTkpGE2624oftURb8cHmxetuouwCV6W0n8CodIijTWznOOdLSkvGnSUd2zkRqi40fDyw-9iYxvY26Sx0w-BRRCnnCaqDtZL8vRhwXeERuTXMmbdmd27RSOEhsCVAqgw/s5008/15%20CACILHAS%202019.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5008" data-original-width="3562" height="575" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin38pe2HKFDskn5a0Yep3MLsyPEWJ9HJNbh6z6llTSlwUPJhvP3Jfy5hWrTkpGE2624oftURb8cHmxetuouwCV6W0n8CodIijTWznOOdLSkvGnSUd2zkRqi40fDyw-9iYxvY26Sx0w-BRRCnnCaqDtZL8vRhwXeERuTXMmbdmd27RSOEhsCVAqgw/w410-h575/15%20CACILHAS%202019.JPG" width="410" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Depois de saber os resultados eleitorais no meu distrito, Setúbal, com o Chega no segundo lugar, fiquei completamente abismado.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Por saber o que está pela frente e por detrás desta força política, a única pergunta que fiz a mim próprio foi: «Quem é esta gente que vive à nossa volta? Quem são estas pessoas que votam num partido assumidamente, racista, xenófobo, conservador e autoritário?»</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Mesmo que esteja a divagar um pouco, não me deverei enganar muito.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Provavelmente é o merceeiro da rua de baixo, que usa um bigode fininho e ainda se penteia com brilhantina (onde só entro por necessidade extrema, porque tem sempre os preços mais altos do bairro...); o meu barbeiro, que ainda vive com os "fantasmas do Prec" dentro da cabeça; ou o meu vizinho da frente que vê em cada estrangeiro um bandido...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Só faltava mesmo este partido saltar para o poder, para todos "curarem a tosse" e fingirem-se felizes por a "missa" voltar a ser um acontecimento nacional...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas) </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-17111738869555543152024-03-10T21:33:00.003+00:002024-03-11T09:20:10.315+00:00Indecisões e certezas...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj84-ANikbaY4-eWVrN9ZXvUt0IjKW3Ta-Nz5QTFuMuW0WEIBQ0pvEKtMpfdAgBjd4tE7vVkc-gyD8DYi0kPBBQhTmeN_tJ4M0EEMRfQq_mRKMvhrZytIfUVLelOtJLUmx893AvIUYQmXJvkxjviaFKv4yAcvIEQZH6HDQoYDLhDjwQLncoSIN9-A/s3392/11%20CACILHAS%202018.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2386" data-original-width="3392" height="442" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj84-ANikbaY4-eWVrN9ZXvUt0IjKW3Ta-Nz5QTFuMuW0WEIBQ0pvEKtMpfdAgBjd4tE7vVkc-gyD8DYi0kPBBQhTmeN_tJ4M0EEMRfQq_mRKMvhrZytIfUVLelOtJLUmx893AvIUYQmXJvkxjviaFKv4yAcvIEQZH6HDQoYDLhDjwQLncoSIN9-A/w629-h442/11%20CACILHAS%202018.JPG" width="629" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br />Hoje aconteceu-me uma coisa curiosa (acho que nunca me tinha acontecido, pelo menos desta forma...), enquanto me deslocava para a escola onde voto, que fica perto da minha casa.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Ia andando e pensava com os meus botões, que só poderia votar em três partidos. Como de costume estava mais inclinado para um deles, por achar que seria o que teria mais possibilidades de eleger deputados no distrito de Setúbal.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">O mais engraçado é que durante o tempo que estive na fila, comecei a ficar bastante indeciso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Depois entrei, entreguei o cartão de cidadão, deram-me um papel e em poucos segundos fiz a respectiva cruz no boletim de voto, sem ter qualquer dúvida.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nunca uma indecisão se tornou certeza com tanta rapidez...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-2219346140309313622024-03-09T17:23:00.009+00:002024-03-09T20:47:12.146+00:00Uma reflexão mais abrangente, sobre estes tempos estranhos...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNKgbvungsFzz_xzXv7lwECrI_RO86blIzKDKGBdRrYX2250QVKra-cwvk8MhEDFJLn3vHZEW8FmrTSmxY0AZeI-MwcCIsruoNd1j6DuimO5vEfwynyypXrKomBN3pUHRjqk6z4SFPPQ2WQ_uDVj0A_lZ-B8aCguaXUcZrJLTxxfDUjbsKIghVtA/s4608/19.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3456" data-original-width="4608" height="468" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNKgbvungsFzz_xzXv7lwECrI_RO86blIzKDKGBdRrYX2250QVKra-cwvk8MhEDFJLn3vHZEW8FmrTSmxY0AZeI-MwcCIsruoNd1j6DuimO5vEfwynyypXrKomBN3pUHRjqk6z4SFPPQ2WQ_uDVj0A_lZ-B8aCguaXUcZrJLTxxfDUjbsKIghVtA/w623-h468/19.JPG" width="623" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">O dia de ontem acabou por me fazer refletir sobre estes tempos estranhos em que vivemos, em que a liberdade individual há já algum tempo, que anda a ser alvo de vários ataques, com múltiplas tentativas para a "capturar" e transformar em liberdade colectiva, tornando-nos, aparentemente, mais fáceis de manobrar. É isso que se passa nos regimes totalitários (Rússia, China, Coreia, Irão, Turquia, etc), mas também noutros, como o Israel ou os EUA, que há muitos anos que finge ser o "país mais livre do mundo", mas que sempre gostou de condicionar a liberdade e o gosto dos outros.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Como é normal nestas coisas, não conseguimos escapar ilesos destes tempos, em que o mundo se tornou mais pequeno, e o materialismo tenta dar cabo de qualquer idealismo que se baseie numa sociedade mais igualitária, onde todos tenham os mesmos direitos, sejam homens, mulheres, brancos, pretos, heterossexuais, homossexuais, muçulmanos, cristãos, etc.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Há o regresso de um conservadorismo bacoco, próprio dos séculos anteriores ao número vinte, que se mete com tudo o que cheire a liberdade e originalidade. Volta a censurar livros, filmes, canções ou peças de teatro, da mesma forma que tenta manietar, e proibir, as opções sexuais de cada um de nós.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Isso explica-se com o aparecimento dos movimentos saudosistas da extrema-direita e com a legião de seguidores que vão angariando, inclusive no nosso país. Por descender de uma família de libertários, pensava que toda a gente gostava de viver em liberdade. </span><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Parece que estava enganado...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Voltando ao dia de ontem, é também por "estas coisas", que tarda a igualdade entre homens e mulheres.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-46497739654086461642024-03-08T20:49:00.012+00:002024-03-08T23:50:19.562+00:00Um oito de Março que continua a ser necessário...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6BZOF_Q1BHwzrOvaBosl_dAJ7JuO1XC23sS9Fq6had_4sII4PRbe1P7HCWMNstQJ81bmxn9wVQF5_m7v-1M28Q_DU6wrBOdHdv_ibBfPxOUPVxBkYjPsrZdjQaFdpzomYuz-hmIXvyhw0F-eznpJbGBmLEYDKTNrFm8GEVS15JjqkJAoO-MSWTw/s4524/07%20(pub).JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4524" data-original-width="3331" height="511" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6BZOF_Q1BHwzrOvaBosl_dAJ7JuO1XC23sS9Fq6had_4sII4PRbe1P7HCWMNstQJ81bmxn9wVQF5_m7v-1M28Q_DU6wrBOdHdv_ibBfPxOUPVxBkYjPsrZdjQaFdpzomYuz-hmIXvyhw0F-eznpJbGBmLEYDKTNrFm8GEVS15JjqkJAoO-MSWTw/w377-h511/07%20(pub).JPG" width="377" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Nunca pensei que o 8 de Março durasse tanto tempo, e que continuasse a ser tão necessário. </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">De uma forma, ingénua (eu sei), pensei que seria possível em pouco mais de uma década, chegarmos à igualdade plena, de direitos e deveres, entre as mulheres e os homens.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Infelizmente a forma como a nossa sociedade aceita estas "desigualdades" (com muitas mulheres a serem as maiores inimigas das outras mulheres...), às vezes quase de mãos nos bolsos, faz com que se perceba que talvez se tenha de fazer mesmo, uma revolução (não se vai lá, com toda a certeza, com a oferta de flores ao dia oito do costume...).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Poderia falar de vários sintomas desta desigualdade, mas vou-me focar em apenas dois, que na minha opinião, são dos mais graves.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Começo pela diferença de ordenados para as mesmas funções, que continua a ser uma realidade no nosso complexo mundo laboral. Será muito difícil de eliminar (pelo menos no sector privado), enquanto o capitalismo reinar, de uma forma cada vez mais "selvagem", com a conivência dos governos, que se fingem democráticos e igualitários.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Mas o maior dos flagelos continua a ser a violência, que é exercida no próprio lar, por todos aqueles que se acham "donos" das mulheres que um dia desposaram. É uma vergonha para todos os homens, o número de mulheres que continuam a ser vitimas de violência doméstica no nosso país (muitas perdem a vida...). </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Isso explica muita coisa. Até o crescimento da extrema-direita...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-87701361421643451182024-03-07T21:23:00.017+00:002024-03-08T12:21:07.801+00:00Jornais com e sem Abril...<p><span style="font-family: georgia; font-size: large; text-align: justify;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6ydDLUaEFFGDu4iOAFRgpTF7kaKwk-ZjsXCvOv7sZ_kTNDXFe1uaQRmtgXvkmWIZThu4q-XD68ZrcZZyluu7nCSjd3aMVTuiMEb-yslQfKriE7Lp78fOUeLReeJeMcWp8mFtGki3WjVMDsu83aU0CF5NRC6cOZIrfnzMT3H5RRNu2vVA52zoVuQ/s3648/IMG_8715.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="2736" height="512" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6ydDLUaEFFGDu4iOAFRgpTF7kaKwk-ZjsXCvOv7sZ_kTNDXFe1uaQRmtgXvkmWIZThu4q-XD68ZrcZZyluu7nCSjd3aMVTuiMEb-yslQfKriE7Lp78fOUeLReeJeMcWp8mFtGki3WjVMDsu83aU0CF5NRC6cOZIrfnzMT3H5RRNu2vVA52zoVuQ/w383-h512/IMG_8715.JPG" width="383" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large; text-align: justify;"><br />T</span><span style="font-family: georgia; font-size: large; text-align: justify;">enho andado "embrulhado" em jornais antigos em vários arquivos e reparo que a imprensa regional tinham algumas virtudes que não chegavam aos jornais nacionais. Uma delas é a assinatura de muitas notícias.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nunca achei piada ao facto de a maioria dos grandes jornais publicarem uma boa parte das notícias sem autoria (hoje com o digital também acontece muito, há demasiadas notícias "assinadas" pela Lusa ou pela Redacção. De certeza que há um autor...).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Mas nem era disso que eu queria falar. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nota-se que a presença da censura na imprensa regional era mais suave (ou então mais disfarçada). O que se percebe, como eram semanários, era mais fácil voltar a escrever de novo. E também por terem uma dimensão mais limitada no espaço, e por isso não deveriam ser "lidos" com tanta minúcia.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nos grandes jornais percebe facilmente que há por ali dedo da censura, quando lemos notícias sobre factos importantes, ou que envolvem alguma polémica. É como se não tivessem "alma", sente-se que falta ali qualquer coisa. Há a tentação de dizer que estão mal escritas, mas o que aconteceu foi que foram "retalhadas" de alto a baixo pelos censores...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">O fim desta "tragédia" foi mais uma daquelas coisas boas que Abril nos trouxe, e que nem sempre recordamos...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-55444216301173782642024-03-06T20:40:00.015+00:002024-03-07T00:57:00.648+00:00A leitora misteriosa do metro<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDQt15PiA_eA-pAEyuR_gsLLpT2ZeSZFFpTC8q9lkgyPvvZMhEo0VjOALr2A6EV5f008Gbb0XGI6XtlFb0W58Y85dOhnyTQwXvev701whnT_zl-GiE0GgihOEZ3zzVXPeYCTTda0g-z66nmc_7fsISU0S1q4Awaguwxh-VJdOHJLELfWxlmYerVA/s3027/IMG_9222.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2111" data-original-width="3027" height="430" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDQt15PiA_eA-pAEyuR_gsLLpT2ZeSZFFpTC8q9lkgyPvvZMhEo0VjOALr2A6EV5f008Gbb0XGI6XtlFb0W58Y85dOhnyTQwXvev701whnT_zl-GiE0GgihOEZ3zzVXPeYCTTda0g-z66nmc_7fsISU0S1q4Awaguwxh-VJdOHJLELfWxlmYerVA/w618-h430/IMG_9222.JPG" width="618" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br />Ontem aconteceram duas coisas curiosas, enquanto esperava o metro no Cais de Sodré.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Primeiro: olhei para o lado e vejo três pessoas a lerem três livros, enquanto as carruagens não apareciam. Nunca altura que se lê menos, foi bastante agradável esta visão.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Foi por isso que tirei uma fotografia, tentando ser o menos intrusivo possível (é a explicação para que os livros não estejam mais visíveis...).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Segundo: por um mero acaso fiquei sentado em frente da leitora (do casaco comprido). À medida que ela ia lendo ia anotando e marcando o livro. Fiquei com a sensação de que ela escrevia. E tanto podia ser prosa como poesia.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Mais uma vez não quis ser intrusivo e não meti conversa. Não fiz a pergunta certa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Acho que foi melhor assim. Posso inventar a história que quiser sobre esta leitora misteriosa.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p><br /></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-36864650266036530792024-03-05T20:58:00.001+00:002024-03-05T20:58:21.339+00:00Os maneirismos femininos e as brincadeiras de rua...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkEE1sJf1l3hQjfg2J0xpOzQdrdtJNAwZ0Y4zrSh5dTb79HxQCouD9HtWEbIHLbIiY44HFKFuEiCZfHFws2MvmWxlr1BXORDvawyyHN0UMBF8vUXQizhtufa-5l29T09mdz7PkU92gfZc_aYDM5CTFwpwlFUDYKAd7QuvTgtUEd20-2xK2ReAt5g/s3256/IMG_0876%20(2).JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2441" data-original-width="3256" height="447" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkEE1sJf1l3hQjfg2J0xpOzQdrdtJNAwZ0Y4zrSh5dTb79HxQCouD9HtWEbIHLbIiY44HFKFuEiCZfHFws2MvmWxlr1BXORDvawyyHN0UMBF8vUXQizhtufa-5l29T09mdz7PkU92gfZc_aYDM5CTFwpwlFUDYKAd7QuvTgtUEd20-2xK2ReAt5g/w597-h447/IMG_0876%20(2).JPG" width="597" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Estava à espera que encontrassem uma encomenda que fora deixada por um amigo, na companhia de duas mulheres, cada uma delas na sua secretária, a fazer pela vida. Uma delas chamou-me mais a atenção pelos seus maneirismos, tão femininos.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Foi quando pensei que, enquanto tinha andado a jogar à bola, a correr e a saltar na rua, ela devia estar em casa fechada, agarrada às suas bonecas e a fazer caretas ao espelho, enquanto ensaiava os primeiros truques de maquilhagem. E claro, a imitar os maneirismos de outras mulheres, fossem elas da família ou personagens de qualquer filme.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Em apenas cinco minutos descobri algumas das diferenças que se foram criando, desde a infância, e que fazem de nós, homens e mulheres, seres completamente diferenciados em muitos aspectos...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Claro que não me arrependi nada de andar mais entretido com os jogos de rua e parvoíces de rapazes, que a aprender coisas que me poderiam ter transformado num "menino de qualquer coro"...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-78325034528242225652024-03-04T20:46:00.016+00:002024-03-05T01:15:12.503+00:00Manter a diferença até ao fim...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcoQM0-8uKEArOJlFJlJEN8D2A6RPRo2pHc-f7pzVg0ab2ki5igxBExym3c8HCsMcMoY00vZP2Org-p26MYMaAAxqUcO5spt1fGliPS6uxblJ8El-OlJBYTDtqlwSCJMu1sA4pwGgEnjqjaFLW_4TmSyKB-DyVDUDoZikKCUPFRpkFC3v1e7KO3g/s5184/IMG_3859.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="5184" data-original-width="3888" height="551" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcoQM0-8uKEArOJlFJlJEN8D2A6RPRo2pHc-f7pzVg0ab2ki5igxBExym3c8HCsMcMoY00vZP2Org-p26MYMaAAxqUcO5spt1fGliPS6uxblJ8El-OlJBYTDtqlwSCJMu1sA4pwGgEnjqjaFLW_4TmSyKB-DyVDUDoZikKCUPFRpkFC3v1e7KO3g/w413-h551/IMG_3859.JPG" width="413" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">O olhar não engana, qualquer pessoa que passe perto da esplanada onde aquele homem bebe café e lê o jornal, percebe que ele é um sujeito muito antigo.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Não falo da roupa de alfaiate, mesmo que ele ande sempre "engomadinho", muito menos do bigode pintado de branco. Falo do jornal que ele abre e por onde se esconde. Falo do cigarro que ele acende e que torna tudo ainda mais cinéfilo, com o fumo a aparecer por cima das páginas do diário.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Está farto dos políticos. Também eu! Foi por isso que quase que me apeteceu pedir-lhe um cigarro. Por falta de jeito acabei por não o fazer... mas que me apeteceu, apeteceu.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Ele vê os noventa cada vez mais perto, mas quando lhe apetece puxa de um cigarro, que nunca viu como um "prego", mas sim como um bom companheiro.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Continua a não querer saber o que é uma vida demasiado saudável, até porque tem sido esta "receita" que tem levado uma boa parte dos seus amigos, desta para melhor...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-55747604788420674002024-03-03T22:18:00.006+00:002024-03-04T09:37:43.400+00:00O mundo mudou e as mulheres também mudaram (muito mais que nós, homens)...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiDe1xuJOsi-GmN7WQQxLyV6btbOJwCjZFdLbc4ss5k2eaYIsIp2NVMPbR_RUl3Sp3KUeWR6jPnLnYMPRDNyPraJrtu9cvu9qvbSzo7oHapbB_PAyH5cviq8xf5PGIMvqiJkbYn1r2MkdMNui33j9lJxDv_7xlr_rX_8TPK0NcnLRUSLuUg2k6rw/s2351/280%20(2).JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1624" data-original-width="2351" height="427" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiDe1xuJOsi-GmN7WQQxLyV6btbOJwCjZFdLbc4ss5k2eaYIsIp2NVMPbR_RUl3Sp3KUeWR6jPnLnYMPRDNyPraJrtu9cvu9qvbSzo7oHapbB_PAyH5cviq8xf5PGIMvqiJkbYn1r2MkdMNui33j9lJxDv_7xlr_rX_8TPK0NcnLRUSLuUg2k6rw/w619-h427/280%20(2).JPG" width="619" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Estava na mesa a ouvir falar um homem da geração dos meus pais a falar como um entendido no sexo feminino, dizendo que nenhum dos três filhos, que tinham todos mais que uma experiência de casamento (e segundo o seu ponto de vista ainda não tinham conseguido acertar...), eram bons a escolher mulheres.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Não sabia se havia de chorar ou de rir. Foi por isso que me mantive impávido e sereno, a arranjar pistas para colar a uma qualquer personagem das minhas ficções.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Claro que acabei por ficar a pensar no assunto, até por conhecer os três rapazes, ligeiramente mais novos que eu, todos bem sucedidos na vida profissional, mas segundo o pai, com um azar dos caraças com as mulheres (e claro, com alguma aselhice misturada...).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">O que mais me fez confusão foi aquele pai e marido, aparentemente culto e inteligente, não perceber que as mulheres de hoje não são iguais às do seu tempo. Que nunca na vida iria encontrar uma esposa como a sua, nos dias de hoje, porque tudo é diferente, principalmente o seu entendimento do mundo e a sua passividade (ainda que falsa, quase sempre eram as nossas mães que mandavam em tudo lá em casa, mas fingiam que o pai é que era o "chefe de família")...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-48690208951024730322024-03-02T22:08:00.002+00:002024-03-03T00:24:50.503+00:00Coisas que estão dentro dos livros e dos filmes<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiiFaNuimVjy6krppmC97BgiSXF8ZcjuB_P4hwAUBuETgddOjwabaPkSUORWi0pgReSRESuh2Q4XDuXySmknOs6nbFZ2pKbaVg9RuB4vWlDcnLUbDVdNEBgZiO0Rmu1bnNGvJn5NYnxbRg-QB4GkELqsVhqCSxTfNEVS_z7tiZCUKB6ghw9lYrOw/s3648/IMG_3814.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2736" data-original-width="3648" height="450" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiiFaNuimVjy6krppmC97BgiSXF8ZcjuB_P4hwAUBuETgddOjwabaPkSUORWi0pgReSRESuh2Q4XDuXySmknOs6nbFZ2pKbaVg9RuB4vWlDcnLUbDVdNEBgZiO0Rmu1bnNGvJn5NYnxbRg-QB4GkELqsVhqCSxTfNEVS_z7tiZCUKB6ghw9lYrOw/w599-h450/IMG_3814.JPG" width="599" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Não sei muito bem se os livros e os filmes nos salvam, como é costume dizer-se, aqui e ali. Falando quase a sério, acho que não. Isso é uma tarefa destinada mais para os deuses, que diga-se de passagem, vêem-se cada vez menos por aqui.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nem penso que seja assim tão importante essa coisa da "salvação". Importante mesmo é sentirmos que há qualquer algo de especial no livro que estamos a ler, ou no filme que vimos e que ainda estamos a "digerir". Algo que ficou e que nos conseguiu dar como prémio um "bilhete" para outras viagens...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-5947066977446337932024-03-01T22:55:00.011+00:002024-03-02T11:33:34.030+00:00O Meu Mar e a Minha Praia...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgENCyMURrWqKXs1Q2eccXl5288imTUG1y3LI1-L350Sr2lhg4qatQqPp_q8MlqO3PIMZftUuNIUclRB41j7aNU3Rvw2da93ePVmoLRJ-uUaNgEYEiSP8yB_DBut26guPMrIoeRO5wt-0YGap5zk_oUGLPhkG5QM6Tyw4hv-cJeTew3Y7jugkuFkA/s3648/IMG_9077.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2560" data-original-width="3648" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgENCyMURrWqKXs1Q2eccXl5288imTUG1y3LI1-L350Sr2lhg4qatQqPp_q8MlqO3PIMZftUuNIUclRB41j7aNU3Rvw2da93ePVmoLRJ-uUaNgEYEiSP8yB_DBut26guPMrIoeRO5wt-0YGap5zk_oUGLPhkG5QM6Tyw4hv-cJeTew3Y7jugkuFkA/w606-h426/IMG_9077.JPG" width="606" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Na quarta-feira passei uma boa parte do dia nas Caldas. Além de almoçar, também jantei com a família.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Isso fez com que tivesse tempo para visitar alguns dos lugares especiais, que por vezes ficam guardados para a próxima, como foram os casos de Salir de Matos e a Foz do Arelho.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">A Foz do Arelho será sempre a praia da minha vida, entre outras coisas, por ter um mar único.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">É um Mar que gosta de se fazer ouvir, em todas as estações. Mas no Inverno consegue que a sua "voz" percorra ainda mais quilómetros e se escute mais longe.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Passear ao lado das suas ondas, além da oferta da sua maresia refrescante, tem ainda outro atractivo, a possibilidade de se poder ter uma boa conversa, sobre tudo e sobre nada...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Foz do Arelho)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-44730810494022141442024-02-29T20:03:00.002+00:002024-03-01T00:25:33.049+00:00Talvez...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiQL27K3yPiu_12ufzEGAdmF2rwb36kadp9FuE-2322_Py9ZBIwLezMlPRQ7W6HN7Xlw9SMskTSvZ0Z2dBJoRHZ4uW-9e8-YnR-76k_gb2UuHjOqs5sdGmO4zDVOlULJL9KDI4eaRFN9608rfbEYmih5F0hZDVb_TytPRgQT5ZrCXQCw2ZlHDNJg/s3177/IMG_1560.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2239" data-original-width="3177" height="432" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjiQL27K3yPiu_12ufzEGAdmF2rwb36kadp9FuE-2322_Py9ZBIwLezMlPRQ7W6HN7Xlw9SMskTSvZ0Z2dBJoRHZ4uW-9e8-YnR-76k_gb2UuHjOqs5sdGmO4zDVOlULJL9KDI4eaRFN9608rfbEYmih5F0hZDVb_TytPRgQT5ZrCXQCw2ZlHDNJg/w612-h432/IMG_1560.JPG" width="612" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br />Lá fora gritam.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">É algo no mínimo estranho, a rua é calma. Por vezes até acaba por ser calma demais.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Espreitei à janela e percebi que era uma confusão familiar de um dos prédios da frente. Nem sequer faltou a cena "agarrem-me se não vou-me a ele". </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Parecia um "arrufo de namorados", com pais metidos ao barulho.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Felizmente, um minuto depois regressou o silêncio.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">A rua voltou a ser uma das "mais calmas do mundo"...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Talvez se tivessem sentido intimidados com a curiosidade alheia, com a quantidade de pessoas que vieram à janela...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Talvez tenham decidido continuar a contenda familiar dentro das quatro paredes. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Talvez...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-20198392233215919082024-02-27T20:47:00.001+00:002024-02-28T09:18:02.575+00:00Ter a mesma "ideologia cultural"...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0JKQicEk-YTuNeKa16T9S_2Gwt2HHDHvxo_Klwfj-FIzPl_6G0tOdSXs0Vtgl3xjYwoMPGIQV_dCkgYKK8-ri1ikfKrvNAu6ZscMnJBVgnFMqWlqVxMuGoW4BRdY7c9_BmXLUKcp32QrWXj4pu8z3Nu_fTF7qP_RkqygCqZKgKJ10mLOgyV8VaA/s648/55%20-%20lan%C3%A7amento%201.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="486" data-original-width="648" height="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0JKQicEk-YTuNeKa16T9S_2Gwt2HHDHvxo_Klwfj-FIzPl_6G0tOdSXs0Vtgl3xjYwoMPGIQV_dCkgYKK8-ri1ikfKrvNAu6ZscMnJBVgnFMqWlqVxMuGoW4BRdY7c9_BmXLUKcp32QrWXj4pu8z3Nu_fTF7qP_RkqygCqZKgKJ10mLOgyV8VaA/w606-h456/55%20-%20lan%C3%A7amento%201.JPG" width="606" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Estou a preparar uma intervenção, de homenagem a um amigo. Quero fazer algo diferente, quero conseguir transmitir a imagem de alguém para quem a cultura era o motor de quase tudo na vida. E por conhecer as nossas muitas limitações, foi sempre um "farol cultural".</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Ele acreditava no que Vergílio Ferreira escrevera um dia (e antes dele outros...), que "A Cultura só se aprecia, depois de se ser culto". Foi por isso que deu muitas "aulas" de cultura, nas muitas colectividades que passou durante a sua longa vida, com pequenos ensinamentos e exemplos retirados no nosso dia-a-dia, oferecendo pequenas pistas de livros que se deviam ler. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Tinha uma grande bagagem cultural porque gostava de tudo, de literatura (de ler, escrever e contar...), de teatro (de ver, de escrever e de fazer...), de cinema (aqui era mais ver...), de música (mesmo sem ser um afinadinho gostava de cantar - fez parte de um grupo de canto coral - e de tocar a sua harmónica), e de fotografia (chegou a ser premiado em salões de fotografia...).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">E tinha uma coisa muito importante, fugia da "cultura chata", aquela que podia dar sono ou fazer com que as pessoas estivessem nos sítios sem lá estar. Tinha a percepção de que que o começo de tudo devia ser agradável, desde os livros até ao teatro ou cinema. Não se podia começar pelas obras mais difíceis de entender, que mais nos obrigavam a pensar. Essas ficavam para depois de se gostar...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Acho que fomos grandes amigos por partilharmos a mesma "ideologia" cultural e gostarmos de espalhar e partilhar as coisas boas de que gostávamos...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Elsa Carvalho - Cacilhas)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-189834968559145432024-02-26T12:19:00.001+00:002024-02-26T12:19:25.710+00:00Mentiras, descontentamentos e dúvidas...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1xOpW72tgPVY4JAuu76KSTsbS5dUvXPzxdw2wBJGyAanrbRDH52pfNXgYZIi8e5UxL7LpojHp11ZYFwdBvJgvxGESHEGCtMCoJ_o2hJVgxVCLZRluOVdlk_8uLLvQt8awNSDZJfx6l-NqElbzeUsRcVgdN_Y3cxv3qbKWXb96pllZhf5GWVbkFw/s5184/IMG_1523.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3888" data-original-width="5184" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1xOpW72tgPVY4JAuu76KSTsbS5dUvXPzxdw2wBJGyAanrbRDH52pfNXgYZIi8e5UxL7LpojHp11ZYFwdBvJgvxGESHEGCtMCoJ_o2hJVgxVCLZRluOVdlk_8uLLvQt8awNSDZJfx6l-NqElbzeUsRcVgdN_Y3cxv3qbKWXb96pllZhf5GWVbkFw/w639-h480/IMG_1523.JPG" width="639" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Não sei muito bem bem onde começa a realidade e acaba a ficção, nos números que nos são oferecidos diariamente como o "retrato eleitoral" do partido da extrema-direita.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Isso acontece por todo este movimento - tal como o seu líder - usarem como principal fundamento a mentira. Não há um facto que não seja manobrado e tenha uma leitura muito própria, quase sempre distante do que realmente aconteceu (os "rateres" transformados em tiros são apenas uma pequena amostra...). Até foram capazes de inventar uma sondagem cujo resultado lhes oferecia um "empates técnico" com as duas maiores forças políticas portuguesas...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">É por isso que me faz alguma confusão que possam existir pessoas tão "parvas" no nosso país, ao ponto de andarem atrás de um "vendedor de banha da cobra", que é capaz de dizer uma coisa de manhã e o seu contrário da parte da tarde. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Se o que está em causa é o descontentamento político, existem forças políticas democráticas mais que suficientes (tanto à esquerda, ao centro como à direita) para receberem todas as pessoas insatisfeitas, em vez de se virarem para uma "mentira partidária e política". </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Embora saiba que basta mais um voto, para quem cantem vitória, gostava muito que esta gente desonesta recebesse uma lição de democracia, no dia 10 de Março. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-40317579040114222162024-02-25T21:43:00.022+00:002024-02-26T09:36:23.189+00:00Tantos dias que têm cem anos (felizmente há a vontade e a determinação de continuar por mais dias)...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYDDKqbBRqhc5nBQ4-Piyo9l8X2ik4iwPqxxZSpSmE_t5XSIB_U_ZTypxFeZOhaLc1Q5wXHfiohgDgCVqr70EOv2CxQC7BbtVjFTx6QaEOvTMKagc7bDtG_OaLhzCqFahET1VdpKLBsT-YOMmhLDRP27uG-DhjUYShGIXUQfk7l3XlV3i_diuHVw/s3618/IMG_9029.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2620" data-original-width="3618" height="453" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYDDKqbBRqhc5nBQ4-Piyo9l8X2ik4iwPqxxZSpSmE_t5XSIB_U_ZTypxFeZOhaLc1Q5wXHfiohgDgCVqr70EOv2CxQC7BbtVjFTx6QaEOvTMKagc7bDtG_OaLhzCqFahET1VdpKLBsT-YOMmhLDRP27uG-DhjUYShGIXUQfk7l3XlV3i_diuHVw/w623-h453/IMG_9029.JPG" width="623" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Hoje estive na festa de aniversário da única pessoa da minha família que vi chegar aos 100 anos.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">É uma pessoa especial, que me acolheu na sua casa, quando vim para a Capital, com dezoito anos. Mas não me acolheu apenas, tratou-me sempre com grande ternura, a espaços, quase como o filho que não teve, tal como o primo Zé.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Ternura que devolvi, de uma forma natural, porque "amor com amor se paga", pelo menos no mundo das pessoas normais.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">E como eu cresci nos meses que vivi na Cruz Quebrada...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">As conversas que tínhamos (falava mais com a Elisete do que com o Zé...) eram extremamente enriquecedoras. Felizmente o bom ambiente familiar contrastava com a impessoalidade que encontrava nas ruas lisboetas. Embora nunca me tivesse sentido uma "cobaia", sei que a formação em psicologia da Elisete, abria portas e janelas da "minha ainda pequena casinha".</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Sei também que me tornei um adulto mais responsável, graças à liberdade e aos bons exemplos que recebi deste casal especial. E também uma pessoa melhor (claro que os meus pais foram as pessoas mais importantes na minha formação e educação, mas este tempo que vivi com os primos Zé e Elisete foi diferente, deu-me outras coisas, muito mais mundo).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">É também por isso, que, poder assistir ao centésimo aniversário desta Mulher especial - que continua a manter uma lucidez invejável, para esta idade grande -, deixa-me muito feliz e orgulhoso.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Algés)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-7669867077508647352024-02-24T21:28:00.017+00:002024-02-25T09:54:35.095+00:00O preto e branco, a fotografia e a memória...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDEnSx1NyfnQ1E0BsjnlyOa4uSTf9AmxaWqQUVPy6ks5hNpuTPUjoFw209MJe6vVSgnXYUW5Q-lv7Q6-jgkNKzy33bIZS970G_n0mURAOzs_OfTCqyyzQsKpRVcmyP32FMSEk2Zm5v5AKNS9p_-UGCuv4ELmtmiYfeI56qhBiSfuAIT3hBa_M0sg/s5103/IMG_8915.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3630" data-original-width="5103" height="447" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDEnSx1NyfnQ1E0BsjnlyOa4uSTf9AmxaWqQUVPy6ks5hNpuTPUjoFw209MJe6vVSgnXYUW5Q-lv7Q6-jgkNKzy33bIZS970G_n0mURAOzs_OfTCqyyzQsKpRVcmyP32FMSEk2Zm5v5AKNS9p_-UGCuv4ELmtmiYfeI56qhBiSfuAIT3hBa_M0sg/w626-h447/IMG_8915.JPG" width="626" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Num tempo que já cheira a Abril, pelo menos na fotografia (há por aí grandes exposições, de Augusto Cabrita, Alfredo Cunha, Eduardo Gageiro, Júlio Diniz, Luís Pavão ou Maria Lamas), com a beleza que só é possível ser transmitida pelo preto e branco, fiquei a pensar que as memórias não precisam de cor, aliás, elas próprias nem sempre surgem com as várias tonalidades que pintam os nossos dias.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Talvez sejam elas próprias, que não sintam a necessidade da cor (a não ser que sejam memórias muito expressivas, que apareçam com o mar, a praia, a feira ou o circo...).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Acabei por ficar na dúvida, porque até as pessoas quando me surgem aparecem quase "dentro de uma nuvem", sem que se usem aguarelas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Talvez seja o preto e branco que pareça ter mais sensibilidade, e até autenticidade, para tratar da memória...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Talvez...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Barreiro)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-63583368034456953432024-02-23T21:31:00.000+00:002024-02-24T02:18:28.640+00:00"Um (Belo) Olhar Inédito" do Mestre Augusto Cabrita<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7N6kY4tDCF_bcs_AAl_xZfwOVtpkZc74dse2N3HStfWuH9Kv6GsHyoJ5yGqsdPbYgbNf2pyqRvMRKXlPsL2BPsOTJ9uKHIzDlMcPYXkA_tU2-Gn8XtTcCd6OY1nd85Z3U2OVtx0eaYXg2kh6S7mYSkV-ijy-n1q6pWeaAy5dBKOFxULLlcCbB6A/s4731/IMG_8926.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3450" data-original-width="4731" height="417" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7N6kY4tDCF_bcs_AAl_xZfwOVtpkZc74dse2N3HStfWuH9Kv6GsHyoJ5yGqsdPbYgbNf2pyqRvMRKXlPsL2BPsOTJ9uKHIzDlMcPYXkA_tU2-Gn8XtTcCd6OY1nd85Z3U2OVtx0eaYXg2kh6S7mYSkV-ijy-n1q6pWeaAy5dBKOFxULLlcCbB6A/w572-h417/IMG_8926.JPG" width="572" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Hoje passei pelo Auditório Augusto Cabrita para ver a exposição de fotografia do patrono desta Casa da Cultura do Barreiro.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7AEBhLjH3Msq1RIV-igHZ-24SVCXO-66SEr5Bsi4CTTmNruNLBx5VyhlV99HL5Pz6u-6BYnX5Up91K94fKfsAXL5MmsHrZjsUVM5iD8ha1hqAaO0FWc3FJi1xCz6JBqI9hlgIniwOVz8c9pbs8AsUccFtP9DAdb44mEkTi6WJTet8HQvleGUMoA/s5184/IMG_8921.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3766" data-original-width="5184" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7AEBhLjH3Msq1RIV-igHZ-24SVCXO-66SEr5Bsi4CTTmNruNLBx5VyhlV99HL5Pz6u-6BYnX5Up91K94fKfsAXL5MmsHrZjsUVM5iD8ha1hqAaO0FWc3FJi1xCz6JBqI9hlgIniwOVz8c9pbs8AsUccFtP9DAdb44mEkTi6WJTet8HQvleGUMoA/w574-h416/IMG_8921.JPG" width="574" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Sabia ao que ia, mas ainda fiquei mais satisfeito do que pensava, ao olhar as belas fotografias de um dos grandes fotógrafos portugueses do século XX, o Mestre Augusto Cabrita, neste ano em que se comemora o seu centenário.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiII2quAPXMyDjiCckCVdJDkFSN4xKV8SOMMflqXU4Gdgis2-EzpHx53e59_JRpgZN5VoNN-hNB3jHmV-ONTaUH-d5Y96a9koMOnuioZLaTUUOoLtv7DkIgbQftTnlvpLO3Kg4XPHJDrN3VXAy1mvkpTQkrXM6xAPn7SMvjjGMts6uV_D0EYYNp3w/s4808/IMG_8913.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3262" data-original-width="4808" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiII2quAPXMyDjiCckCVdJDkFSN4xKV8SOMMflqXU4Gdgis2-EzpHx53e59_JRpgZN5VoNN-hNB3jHmV-ONTaUH-d5Y96a9koMOnuioZLaTUUOoLtv7DkIgbQftTnlvpLO3Kg4XPHJDrN3VXAy1mvkpTQkrXM6xAPn7SMvjjGMts6uV_D0EYYNp3w/w575-h390/IMG_8913.JPG" width="575" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br />E trata-se de certa maneira, mesmo de "Um Olhar Inédito", com belas surpresas e uma excelente diversidade de imagens, que não se ficam pelas nossas fronteiras.</span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Que bom voltar ao Barreiro, por uma excelente razão.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografias de Luís Eme - Barreiro)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-38471618.post-62112592624060832342024-02-21T20:25:00.002+00:002024-02-21T21:56:17.967+00:00É importante desmontar o "mito"...<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg44x9VgPvSSniH1ENO1RTWpFrAgfSyGwIXJaQWY2FGOsWaLTI_bBbYOT05ViVSEcfzzPFUifpmTj9YBoUt-EeoQVyl8AYiZzfkK-9_IfLGHYTn4WvV5XCWXlncT_Smfuf94xvLcjGVGPsgmeqBDtLyWVHh9npANFMo32I88Klm874IjQftDA7K5A/s4600/28%20LISBOA%202018.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="4600" data-original-width="3158" height="520" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg44x9VgPvSSniH1ENO1RTWpFrAgfSyGwIXJaQWY2FGOsWaLTI_bBbYOT05ViVSEcfzzPFUifpmTj9YBoUt-EeoQVyl8AYiZzfkK-9_IfLGHYTn4WvV5XCWXlncT_Smfuf94xvLcjGVGPsgmeqBDtLyWVHh9npANFMo32I88Klm874IjQftDA7K5A/w358-h520/28%20LISBOA%202018.JPG" width="358" /></a></span></div><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /><div style="text-align: justify;">Quando me preparava para ir para a cama, dei uma voltinha pelos canais e descobri que a RTP2 estava a passar um documentário, "As Memórias do Século XX" (era já o terceiro episódio), fiquei parado um ou dois minutos a ouvir as duas filhas de Cottinelli Telmo, que nos deixou precocemente em 1948 (enquanto pescava foi levado por uma vaga do mar, que se revelaria fatal...). </div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Acabei por desligar a televisão, mas hoje, mal me levantei, enquanto preparava o pequeno-almoço, enchi a casa silenciosa com este episódio da nossa história.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Acabei por ficar ainda mais convicto da importância de homens como Duarte Pacheco, Cottinelli Telmo ou António Ferro, no começo da governação salazarista e também na criação do "mito" (pois é, ainda somos capazes de ouvir alguns ignorantes dizerem que "isto só lá ia com um novo Salazar"...). Principalmente o primeiro, que foi Presidente do Município de Lisboa e Ministro das Obras Públicas de Salazar e que morreria estupidamente num acidente de automóvel, em 1943...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Foi um homem de tal forma influente, que deu trabalho a vários democratas (Keil do Amaral, Almada Negreiros ou Pardal Monteiro), contrariando a vontade da própria polícia política e de ministros ultra-conservadores e deixou uma obra que fala por si (sei que já foi comparado ao Marquês Pombal, e esta comparação não é assim tão descabida quanto isso, pois foi capaz de ver mais longe que todos os outros...) e ainda se vê nos nossos dias (há vários exemplos, talvez a Mata de Monsanto seja o mais simbólico...).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Quem muitas vezes elogia o ditador não faz ideia que este homem foi contra muitas das coisas que foram feitas, inclusive a construção da Ponte Sobre o Tejo, que até acabou por ser baptizada com o sue nome. A própria Cidade Universítária, que continua a manter a sua imponência, teve de ser feita quase clandestinamente por Duarte Pacheco, porque Salazar não concordava com ela... </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Continuo convencido que este homem, fechado dentro de si, fez-nos muito mais mal que bem. Ele, que nunca se deu sequer ao trabalho - e ao prazer - de conhecer o que existia para lá do nosso Portugal, atrasado e esquecido...</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></p>Luis Emehttp://www.blogger.com/profile/09923372204996285155noreply@blogger.com6