sexta-feira, setembro 15, 2023

Este Portugal macabro que é escondido nos anexos da nossa sociedade moderna e europeia...


Não me ocorre outro nome para classificar este nosso País, onde ainda acontecem demasiados episódios macabros, como os relatados na última semana em vários canais televisivos (retirando a quase exclusividade deste género noticioso ao CMTV).

Cada vez tenho menos dúvidas de que existem demasiadas pessoas a exercer as profissões erradas. Basta pensar na assistência social que não foi prestada à família de Peniche (um pai com notórios problemas de saúde e sem o mínimo de condições para educar as suas duas filhas, uma delas ainda menor...). Foi preciso um assassínio para acordar a Localidade e o próprio País, de que estamos longe de ser o tal Portugal moderno e europeu.

E não é menos triste o que se passa nos nossos bairros sociais, como o que foi também relatado em várias reportagens televisivas, sobre as barreiras de tijolo que substituem as portas e as janelas das casas ocupadas ilegalmente, quando os seus habitantes são despejados, e por ali ficam anos e anos, sem que as casas sejam recuperadas e entregues a quem precisa (são 700 de Norte a Sul segundo as reportagens...).

Somos contra a ocupação ilegal de qualquer casa ou terreno, mas somos ainda mais contra este Estado, que finge que está tudo bem e em vez de recuperar as suas casas (para as entregar a quem realmente precisa e está inscrito nas listas de espera), faz o mais fácil: aponta o dedo aos privados que têm casas devolutas.

Curiosamente, nestes casos raramente se ouve alguém do PS ou do PSD, a dizer o que quer que seja. Eles sabem muito bem que são  os principais responsáveis por todos estes problemas sociais, que se agravam, ano após ano, e são ignorados pelo Poder Local e pelo Poder Central, que prefere "assobiar para o ar"...

(Fotografia de Luís Eme - Monte de Caparica)


2 comentários:

  1. A comunicação social fez-nos ver o macabro, a miséria que sempre houve!

    Abraço

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O mais curioso, é darmos mais atenção a um cão abandonado, que a uma pessoa que vive na rua, Rosa...

      Eliminar