Era verdade. Mais uma das muitas que dizem ser daquele senhor, que é quase dono de todas as verdades com cheiro a lugar comum.
O que me chamou a atenção foi a forma como a senhora disse a frase: «só podemos controlar a nossa vida até certo ponto.» Havia ali uma aceitação, que ficava quase entre o divino e o ficar à espera do que caísse alguma coisa do céu.
Talvez seja esse uma das imagens mais fáceis de colar a quem vai ficando com os cabelos cinzentos.
Não sei se é por se ter vivido muito, ou se, por de alguma forma, já estarem no lado dos "descartáveis". Também pode ser cansaço. Sim, viver também cansa (não sei se a frase é do grande Zé Gomes Ferreira, mas fica-lhe bem)...
(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)
Viver todos os dias cansa. - é assim a frase que conheço mas não me lembro de quem é.
ResponderEliminarClaro que há coisas que não dependem de nós.
Abraço
Mas não vale a pena baixar os braços, Rosa. O caminho fica em frente. :)
EliminarAfinal é o título de um livro de Pedro Paixão, autor que nunca li.
ResponderEliminarMuito agradecido pela "investigação", Rosa.
EliminarJá li pelo menos dois livros do Pedro Paixão.
Mas o poeta Zé Gomes Ferreira tinha muitas tiradas parecidas com esta. Era um autor que não tinha medo das palavras, mesmo das mais simples.
Viver sempre também cansa!
ResponderEliminarÉ um belíssimo poema de José Gomes Ferreira, escrito em 1931, publicado em Maio de 1962 na Poesia I, editado pela Portugália Editora, prefácio de Alexandre Pinheiro Torres.
Que do poeta diz:
«José Gomes Ferreira insere-se dentro da primeira linha de autores que são simultaneamente testemunhas dum mundo em colapso e, pelo seu humanismo, desmistificadores de algumas das alienações que pesam sobre a nossa sociedade»
Boa "achega", Sammy.
EliminarBem me parecia, que era coisa do grande Zé Gomes Ferreira. :)