A minha singela homenagem a uma grande Mulher, das mais livres e corajosas do século XX (poema escrito há vinte anos, mais mês menos mês...), no dia em que faz 100 anos.
Natália
Não gostas de ser
descrita
como uma mulher
bela e sedutora,
preferes a dama
inteligente e insubmissa
que escreve de uma
forma avassaladora
e é o pesadelo de
qualquer homem apaixonado...
não gostas da
vulgaridade,
espalhas o teu ser
diferente
pelas ruelas e
bares da cidade...
Na bruma de um
cigarro
Matas a secura
quase infinita
Com o liquido
ardente que te aquece...
Luís (Alves) Milheiro
(Fotografia de Luís Eme - Caramujo)
Bonito poema, Luís.
ResponderEliminarSegundo o meu pai, ele que tanto sabia da poda, a mulher mais bela das que por aqui andaram… andam…, dita a frase num tempo em que ainda lhe faltava conhecer a outra face de Natália. Ou retrato que Ary dos Santos, outro muito grande, lhe deixou:
«É isso. Uma vestal iluminada
uma deusa rangendo uma secreta
porta barroca aberta para o nada
que é o docel da cama do poeta.»
Embora ela não descurasse a beleza, queria mesmo era ser livre, Sammy.
EliminarCito de cor e sujeito a errar:
ResponderEliminar"Isto não é um casamento de cópula é um casamento de cúpula! "
Num hotel onde estranharam que sendo casada (com Dórdio Guimarães,eterno apaixonado)pedira dois quartos independentes.
Era muito frontal a Natália, José. Nunca teve medo das palavras.
EliminarEu lembrei-a no FB.
ResponderEliminarAbraço
Merece ser recordada, Rosa, pelo que foi e pelo que representa.
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