Se esquecermos as partes de violência (sem os efeitos especiais de hoje, percebe-se que há por ali demasiada fantasia...), estes filmes são muito reais e muito objectivos, como retratam a vidinha, as relações entre as pessoas.
Sei que são demasiado bélicos, sexistas, e até racistas, mas mesmo assim consigo olhá-los como se estivesse em pleno século XIX, em que o "ofício de viver" tem muito pouco que ver com os nossos dias.
O que me interessa mais, enquanto espectador, é sentir que em apenas hora e meia, é nos explicado com alguma mestria, quem somos e de onde viemos.
Claro que também existe bastante ingenuidade artística e algum idealismo, quando se realizam fitas em que a justiça consegue combater e vencer a "lei do mais forte".
Mas os filmes são isso (tal como os livros) continuam a alimentar-se sobretudo dos nossos sonhos e pesadelos...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
O meu marido e filhos eram fãs de filmes de cow boys e no sótão estão dezenas de livrinhos com histórias de "coboiadas" !
ResponderEliminarAbraço
Há por ali alguma brutalidade e crueza, que nos explica quem somos, sem grandes "rodriguinhos", Rosa...
EliminarHá muito humanismo, e até denúncia do racismo, em filmes do Ford, do Hawks, do Tourneur .... É ver "The Big Sky" (um dos meus filmes de predilecção ao lado de Godards, Bergmans, Langs, Murnaus, Chaplins, Keatons,...), "The Sun Shines Bright", "Cheyenne Autumn", "Stars in my crown", ...
ResponderEliminarMas são poucos os casos, "Marsupilami".
EliminarMas isso acontece também com filmes sem índios e cowboys. Eram outros tempos.
A sociedade era diferente e olhava-se para as coisas de outra forma. Só espero que não comecem a censurar os filmes como já estão a fazer com alguns livros...