Não, não vou voltar a falar dos "ilustres" que queriam retirar uma estátua de uma praça do Porto, com o beneplácito do presidente da Câmara (que por momentos pensou que podia fazer tudo o que lhe apetecesse...). São tão "ilustres", que nem merecem uma linha de palavras...
Prefiro falar de um antigo jogador de futebol do Sporting, que na sua qualidade de comentador, fez o que fazem quase todos os comentadores (especialmente os dos programas desportivos do CMTV), conversam como se estivessem no café, sendo muitas vezes inconvenientes.
Carlos Xavier quis ser engraçado (não é para todos ter graça...) e em vez de chamar o avançado do FC Porto, Taremi, pelo nome, chamou-lhe muçulmano (não sabia que era assim tão ofensivo chamar a um nativo de um país com esta religião, muçulmano...) e referiu-se também à sua qualidade de "mergulhador" nos relvados, com que consegue ludibriar de vez em quando, um ou outro árbitro.
E de repente, toda a gente ficou muito ofendida. Como se o futebol português de repente se tivesse tornado num "salão" bem frequentado.
Nem sequer deram relevo ao facto de Carlos Xavier ter reconhecido e seu erro e pedido desculpa ao jogador e a todas as pessoas que professam esta religião.
Podia falar do presidente do FC Porto (e acólitos...) que sempre gostou de apelidar os lisboetas de "mouros", entre outros nomes mais ofensivos. Ou ainda dos vários comentadores desportivos, que semana após semana, apelidam alguns dos nossos árbitros com mimos como os de "ladrões", "vigaristas", "ceguinhos", etc..
Mas não adianta. O mundo está assim, muito limpinho por fora e completamente nojento por dentro...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
De vez em quando também se ouve por aqui uns “inconvenientes” que chocam. Ou pedem desculpa publicamente, ou então, mesmo com desculpa, são despedidos, conforme a gravidade do “inconveniente”. Muçulmano seria também considerado grave.
ResponderEliminarAcontece aos melhores.
É estranho, Catarina.
EliminarSe me chamarem católico (mesmo sem o ser), não fico chateado.
Compreendo o que estás a pensar.
EliminarNeste contexto que apresentas não há razão para o Carlos Xavier se referir a Taremi como muçulmano que poderia, e foi, considerado com uma outra conotação.
Absolutamente fora de contexto. Poderia ter-se referido à nacionalidade do jogador. Iraniano.
Como disseste “Carlos Xavier quis ser engraçado” (a sério?!!) e acabou por não ser.
De certo que não se referiria a André Gomes como católico (se é que ele é católico).
Saberá Carlos Xavier se Taremi é praticante?!
Provavelmente não, Catarina.
EliminarAcredito que nunca tenham trocado qualquer palavra. Foi apenas uma piada de mau gosto.
Bom dia
ResponderEliminarGostei muito desta publicação , em especial do presidente do fcp e os seus acólitos.
Esses programas da CMTV são mesmo do pior que há no que diz respeito a comentadores desportivos .
JR
É o senhor a quem tudo tem sido permitido, Joaquim.
EliminarEsta coisa do politicamente correcta é abjecta!
ResponderEliminarO que é, afinal, o POLITICAMENTE CORRECTO na versão de um estudante australiano que ganhou um concurso anual sobre o termo:
"O politicamente correcto é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação (também iludidos e sem lógica) e que sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo"
É como tudo… o politicamente correto tem má reputação. Na sua essência, representa boas intenções; é uma linguagem inclusiva e respeitosa, que demonstra sensibilidade para com as outras pessoas. Apenas isso.
EliminarHá sempre quem tente (e muitas vezes consegue) deturpar tudo e mais alguma coisa.
O politicamente correcto não me incomoda, se funcionar como barreira ou escala, o problema são os exageros, Catarina e Severino...
EliminarO comentário não é tão disparatado como aparenta.
ResponderEliminarOs muçulmanos 'mergulham' cinco vezes ao dia para rezar; pode tornar-se um hábito!
Há muitas formas de pegar no comentário do Carlos Xavier, José.
EliminarE se fosse dito no café era uma risada pegada.