quinta-feira, setembro 28, 2023

Será um ponto de viragem?


Não sei se foi propositado, mas senti que não se deu o relevo devido ao ataque feito por duas jovens activistas ao ministro do Ambiente, com o arremesso de dois balões com tinta verde.

Talvez isso tenha sido feito para evitar possíveis imitações (e o que não falta neste governo é gente mais incompetente que Duarte Cordeiro...) em outras aparições públicas de governantes.

Acabámos por falar disso, ao café. E não houve qualquer consenso.  E ainda bem.

Mas talvez se tenha chegado a um ponto, em que os habituais métodos pacíficos de manifestações de protesto e reivindicações, com resultados quase nulos, comecem a ser substituídos por outros, que já são usados por essa Europa fora.

Se isso acontecer, a responsabilidade maior é dos políticos, especialmente de quem governa, que finge que resolve os problemas que afectam toda a sociedade e normalmente acaba por não resolver coisa nenhuma.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


6 comentários:

  1. Nada me liga a uns e a outros.
    Compreende-se a sua argumentação, mas há que ponderar:--Sabe-se como começa mas não se sabe como e aonde acaba.E em quem.

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    1. O problema é que a paciência tem limites, José.

      O que se passa na saúde e na educação é intolerável, as coisas cada vez estão piores.

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    2. Totalmente de acordo caro Luís. Sempre a paciência se esgotou chegado determinado limite. Até lá posso usar sempre o que me parecer mais eficaz? Atentar contra vidas,suprimi-las,usando critério pessoal? Haverá limites durante o processo?Limites pessoais? Limites sociais?
      O assunto é mais complicado do que parece,tem implicações na generalização...
      Se me movesse apenas o impulso eu seria dos primeiros a "fazer justiça" mas como
      o outro "não vou por aí".Assisti ao que pode chegar cada um a "fazer justiça".
      A saúde.sei-o muito bem,no SNS está uma desgraça e parece ser para continuar.
      E o resto,não sendo privilegiado,está quase na mesma.
      Deixo apenas para reflexão.
      Claro que há limites.
      Cumps.
      jose

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    3. O problema maior é que não se vê vontade de resolver os problemas aos governantes, José...

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  2. marsupilami30/09/23, 13:35

    É uma questão de proporções e de consequências: 1. o que fizeram os jovens de menos bem comparado com o que estamos a fazer mal (eufemismo) há décadas (desde o início dos anos 70 que se sabe tudo, "Limits to Growth", erroneamente celebrizado como Relatório *do* Clube de Roma, foi um best-seller mundial); 2. quais as consequências dos aspectos menos esclarecidos das acções destes jovens em comparação com o que vai resultar da nossa forma de viver e da nossa completa falta de vontade política para abdicar do menor conforto? Parece-me que discutir as formas de protesto destes jovens (sobretudo quando ainda são benignas) é mais do mesmo e é passar completamente ao lado do problema. Parece que anda tudo à esquina armado em polícia de costumes.

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    1. Pode ser, "Marsupilami", mas é algo novo no nosso país...

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