E foram apenas duas conversas, com dois amigos, um que desenha e pinta bonecos e outro que é um fazedor de filmes...
A primeira conversa foi ocasional. Encontrámo-nos num clínica, eu tinha ido a uma consulta de rotina com o meu médico, quase dois anos depois. E ele mais ou menos a mesma coisa. Começámos a falar na "máquina se senhas" (ele não estava a conseguir imprimir o papel com o número das consultas médicas...) e depois continuámos na sala de espera, junto ao guiché e perto das escadas, até nos lembramos que o médico devia estar a chamá-lo...
A segunda foi combinada. A meia-hora de café ultrapassou as três horas, passámos ao lado de uma série de coisas, que não eram urgências, porque a conversa estava boa, muito boa mesmo.
Se na primeira conversa fomos falando de ausências (de pessoas e lugares que nos foram retirados...) e das novidades dele (mudou-se quase para o campo e já estava envolvido numa associação de artistas locais, cheio de entusiasmo e de fazer coisas novas). Na segunda a conversa foi mais profunda, falámos sobretudo do acto de criar, naquilo que une e afasta o cinema da literatura, através das nossas experiências pessoais.
Há muito que não me sentia assim, capaz de estar a conversar o dia inteiro, sem que os assuntos chegassem ao fim...
Eu sabia que havia conversas melhores que cerejas, mas já não me lembrava muito bem.
(Fotografia de Luís Eme - Fonte da Pipa)
É tão bom estar com os amigos e conversar...eu tenho poucos amigos ( na realidade, só tenho 2 ou 3 amigas) mas é bom falar.
ResponderEliminarTambém já tenho dois almoços combinados para contar as novidades. E estou com muita vontade de contactar uma amiga que já não vejo há muitos, muitos anos. E, com quem não me portei muito bem. Gostava muito de retomar essa amizade e de lhe dizer que ela tinha toda a razão em relação ao assunto que nos dividiu, na altura!
Acho que atingi uma idade em que devo dar a mão à palmatória. Espero ainda ir a tempo! 😟
É muito bom conversarmos com amigos, sem que nunca nos falte assunto, Maria.
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