A Teresa confessou sentir-se cada vez mais perdida... Deu como exemplo os relógios do tempo, que parecem ter passado para o plano dos objectos secundários. Mas o pior de tudo era sentir que tinha perdido o controle, que antes pensava ter, na sua vidinha...
O Fernando não se sentia perdido. Sentia-se pior que isso (pelo menos no seu ponto de vista...), sentia-se cada vez mais vazio. Sempre fora muito afectivo, sentia muito a falta do toque no outro, dos abraços, dos beijos, e até das palmadas de amigo.
E eu disse sentir falta das vozes... mesmo das desconhecidas, que escutava aqui e ali, nas ruas. Também fui mais longe, acrescentei que as pessoas cada vez falavam menos umas com as outras. Mesmo as discussões, tinham cada vez menos palavras e mais olhares mortíferos.
A conversa foi tão boa como a imperial. Refrescámos a garganta ao mesmo tempo que tirámos algumas ideias do "frio"...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Bom dia
ResponderEliminarE como sabe bem uma conversinha com amigos e uma fresquinha
JR
De preferência à sombra, Joaquim. :)
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