E foi por causa de alguns episódios, que envolviam várias pessoas, que dei por mim a pensar nas largas centenas de pessoas que trabalharam directa e indirectamente com o ex-primeiro-ministro, acima de qualquer suspeita, que nem sonhavam com todos estes casos de justiça (uns provados, outros nem por isso...), mas que não escaparam aos "burburinhos" do costume.
Infelizmente temos a tendência para olhar de lado para toda a gente que de alguma forma esteja ligada a José Sócrates, Joe Berardo ou Luís Filipe Vieira, e pior ainda, para apontar o dedo, como se o simples facto de trabalharmos como secretário ou motorista de uma destas personagens, nos transformasse em bandidos e manchasse o cadastro.
Ou então, tratam estas pessoas como "perfeitos anormais". Quem trabalhou directamente com um Sócrates, um Berardo ou um Vieira, não escapa de várias acusações, as de "ceguinho" e totó", acabam por ser as mais meigas. Ao contrário dos "apontadores de dedo", eu sei que é muito fácil, quando confiamos nas pessoas, sermos enganados.
Até porque estas personagens têm ainda outra característica (exceptuando os dois ou três "amigos" de confiança absoluta que existem sempre, capazes até de emprestarem quantidades obscenas de dinheiro...): escolhem trabalhar com pessoas honestas, porque sabem que desse lado nunca serão "roubados" ou "enganados", fingindo tratar tudo com a maior das lisuras...
(Fotografia de Luís Eme - Algarve)
O ditado popular " Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és" não ajuda nada.
ResponderEliminarAbraço
Mas nestes casos o ditado só se pode aplicar ao Berardo e ao Vieira, Rosa.
EliminarO Sócrates só foi investigado e acusado quando já estava fora do governo. Quem lidou com ele, ficou de tal forma espanatado, que demorou algum a acreditar nas coisas que fez...
As personalidades que o visitaram na prisão explicam o dilema (de Guterres a Mário Soares).
É esta nossa tendência para julgarmos na praça pública...
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde, meu Amigo.
Um abraço.
Tendência agravada com as redes sociais, onde as pessoas continuam a pensar que tudo é permitido, Graça...
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