Gostei de ver as reacções de uma boa parte de treinadores e jogadores (antigos e actuais...), inclusive das equipas inglesas que faziam parte do projecto, que foram "convidadas" a desistir com as manifestações públicas dos adeptos e dos próprios governantes.
Das equipas espanholas e italianas, não se ouviu nem um pio contra. Jogadores e treinadores estão "reféns" dos dirigentes, que esperavam que esta Superliga as salvasse da "falência" e os permitisse continuar a gastar milhões e milhões...
Dos adeptos ingleses já esperava esta reacção. Não é por acaso que o Reino Unido é a "pátria do futebol". Disseram aos "donos dos clubes", que são apenas isso, donos de clubes e não donos do futebol.
Agora os "derrotados" vão encher-se de desculpas, até são capazes de dizer que o seu objectivo era "ajudar o futebol" e até "salvá-lo" (como já disse o presidente do Real Madrid).
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Sobre este triste e lamentável assunto, Pedro Guerra tem no Diário de Notícias-on line, uma interessante opinião que termina assim:
ResponderEliminar«Lembro-me de perguntar a um dirigente desportivo de um dos três grandes de Portugal, talvez há 10/12 anos, se ele não achava que a eventual existência dessa "superliga" europeia não daria cabo, até quase à morte, dos "mais pequenos", fossem eles os países europeus onde o futebol é menos competitivo, fosse, dentro de cada país, dos clubes que não tivessem acesso a essa liga logo na fase inicial.
Ele respondeu-me assim: "Se isto vier a ser assim já quase não será futebol, será apenas e só negócio, e nos negócios os grandes, mais tarde ou mais cedo, engolem sempre os pequenos."
Para o idiota em futebol que eu sou, esta frase de um expert na matéria soou-me assim: "É o capitalismo, estúpido!"
E, por isso, pergunto: o futebol, hoje em dia, não é, apenas e só, um negócio capitalista a funcionar? Então, se o é, para onde esperavam que o jogo evoluísse?...»
Claro que é, Sammy.
EliminarA própria UEFA protege os mais "ricos e poderosos". Faz-me lembrar a igreja católica...
O que lamento é que alguém com tantas responsabilidades como os jogadores, apenas dois ou três, se assumiram e vieram a terreiro defender o futebol (Piqué foi um dos poucos).
ResponderEliminarSerá que a grande maioria só sabe "levantar a cabeça" e coleccionar Maserattis?
E Ronaldo? e Messi? Será que continuam a pensar com os pés?
Guardiola foi outro dos que marcou posição; e Mourinho? ainda não ouvi o Special One...
Eu nem estava a espera de tanta gente a reagir, Severino.
EliminarOs clubes hoje são os "donos dos jogadores", são eles que autorizam ou não as entrevistas. Por isso percebe-se este silêncio.
Piquê só falou depois da Superliga se ter "afundado"...
Corajoso terá sido Guardiola. Já Klopp, ficou-se pelo "nim"... Mourinho percebe-se o seu silêncio. Ele nunca fala após um despedimento. Deve ter algum acordo de confidencialidade quando recebe os "milhões" do costume...
Terá que pedir desculpa aos viajantes do Largo quando chama Pedro Guerra ao jornalista Pedro Tadeu. Há coisas que lhe acontecem que não consegue mesmo explicar!...
ResponderEliminarAconteceu a todos, Sammy.
EliminarAssim que visitei o DN percebi o engano.