Para acabar a semana em beleza, nada como falar dos polémicos apoios à Cultura.
E eu até conheço bem o meio, às vezes bem demais, desde os "amadores", que se divertem mais a fazer cultura que a tirar dividendos (onde me incluo...) aos "profissionais", que aprendem desde cedo, que "sem dinheiro não há palhaço"...
Normalmente são pessoas diferentes, que se movimentam em "dois mundos" diferentes, e à partida não tenho nada a criticar nestas duas posturas (só à chegada...).
Mas vamos lá aos apoios. O que mais me irrita nisto tudo é a habitual falta de transparência - e de regulamentos compreensíveis e iguais para toda a gente -, embora saiba que é isto que dá jeito a quem distribui dinheiro, porque assim arranja sempre uma maneira de beneficiar os amigos, sem dar muito nas vistas.
Por outro lado, já ouvi coisas a gente da cultura, completamente absurdas, algumas recusam-se mesmo a assinar protocolos. Querem sim é "cheques em branco". E infelizmente os poderes locais e nacionais continuam a "dançar" algumas destas modas. Em vez de combaterem a "subsidio-dependência", alimentam-na com "caviar", mesmo que recebam em troca, apenas "latas de atum".
Voltando-me apenas para as gentes do teatro, aflige-me que não se preocupem em criar públicos, em visitarem escolas, ensinar a gostar e a compreender o teatro... e acima de tudo, descerem do seu pedestal e fazer peças que vão ao encontro das pessoas.
Custa-me muito entender esta coisa cada vez mais normalizada de se fazer teatro para cadeiras sem pessoas...
(Fotografia de Luís Eme)
A cultura é sempre das coisas menos apoiadas pelos governos. Um povo culto assusta-os. É muito mais difícil de enganar.
ResponderEliminarAbraço e bom fim-de-semana
Sem qualquer dúvida, Elvira.
EliminarQue valor tem um País sem cultura?
ResponderEliminar.
* Amor: Súplicas do meu sonho *
.
Fim de semana feliz.
Muito pouco, Gil...
EliminarConcordo em absoluto!! Um tema complexo, de facto. Mas a Cultura é uma das linhas de força de um estado, por isso o estado deve suportá-la também. Com critério - como tudo!
ResponderEliminarDevia ser, Graça.
EliminarMas normalmente a cultura assusta os políticos...
Luís, a cultura continua a ser o parente pobre, também por culpa do lado doa fazedores, que se diminuem e fazem cedências absurdas, por exemplo em actuações gratuitas sem que seja para causas de solidariedade ou afins. Por exemplo, alguém requisita os serviços de um arquitecto ou de um médico, sem pressupor que não vai pagar os respectivos trabalhos?
ResponderEliminarContudo, e esta é mais uma acha polémica, não deverá ser a cultura parente mais pobre do que as actividades do pão para a boca e da saúde e segurança?
Tudo o que dizes é pertinente (e verdadeiro), Isabel.
EliminarMas às vezes as actuações de graça são uma forma de as pessoas se mostrarem, para arranjar contratos...
E claro, a cultura não é uma necessidade básica, ou pelo menos não é entendida como tal pela sociedade...