Incomoda-me ir comprar o jornal e ficar por ali à espera, a ver os empregados do balcão a despacharem raspadinhas, cigarros ou a registarem apostas do placard e do euromilhões.
Mas percebo esta nova realidade, se se vendem poucos jornais (e com pequenas margens de lucro...), é normal, que me dêem cada vez menos atenção.
Mas segundo li ontem no "Diário de Notícias", na crónica assinada por Joel Neto , jornalista e escritor açoriano, há coisas bem mais graves a acontecerem por este país fora no que toca à compra de jornais. Por exemplo nas ilhas:
«[…] Os jornais perderam massa crítica, os
leitores de jornais também e, no geral, a indústria contraiu-se. Mesmo assim,
as lojas do Carlos e dos colegas vendiam bastantes jornais - quase todos os que
se vendiam nesta ilha. E agora, de repente, já não vendem quase nenhum.
Não porque
não reste ninguém para os ler: ainda há quem os queira, mesmo se não tanta
gente como no passado. Não porque não sobre às lojas força para os vender:
ainda é nos jornais que sentem mais em jogo todo o seu sentido de missão.
Simplesmente porque os aviões da SATA e da TAP já não os trazem. Ou porque os
trazem apenas no voo da madrugada seguinte, quando já ninguém os lerá.[…]»
Não há muito a dizer. Uma coisa é venderem-se poucos jornais, outra coisa é não aparecerem sequer nas bancas...
(Fotografia de Luís Eme - não é esta a tabacaria onde habitualmente compro o jornal, por que fica "fora de mão"...)
Ainda há muita gente que gosta de os ler.
ResponderEliminarMas se não chegam às bancas, pouco há a fazer.
Abraço e uma boa semana
Foi uma novidade, Elvira.
EliminarNão fazia ideia do que estava a acontecer.