segunda-feira, abril 23, 2018

Os Jornais, os Leitores, os Vendedores e os Distribuidores...


Incomoda-me ir comprar o jornal e ficar por ali à espera, a ver os empregados do balcão a despacharem raspadinhas, cigarros ou a registarem apostas do placard e do euromilhões.

Mas percebo esta nova realidade, se se vendem poucos jornais (e com pequenas margens de lucro...), é normal, que me dêem cada vez menos atenção.

Mas segundo li ontem no "Diário de Notícias", na crónica assinada por Joel Neto , jornalista e escritor açoriano, há coisas bem mais graves a acontecerem por este país fora no que toca à compra de jornais. Por exemplo nas ilhas:

«[…] Os jornais perderam massa crítica, os leitores de jornais também e, no geral, a indústria contraiu-se. Mesmo assim, as lojas do Carlos e dos colegas vendiam bastantes jornais - quase todos os que se vendiam nesta ilha. E agora, de repente, já não vendem quase nenhum. 
Não porque não reste ninguém para os ler: ainda há quem os queira, mesmo se não tanta gente como no passado. Não porque não sobre às lojas força para os vender: ainda é nos jornais que sentem mais em jogo todo o seu sentido de missão. Simplesmente porque os aviões da SATA e da TAP já não os trazem. Ou porque os trazem apenas no voo da madrugada seguinte, quando já ninguém os lerá.[…]»

Não há muito a dizer. Uma coisa é venderem-se poucos jornais, outra coisa é não aparecerem sequer nas bancas...

(Fotografia de Luís Eme - não é esta a tabacaria onde habitualmente compro o jornal, por que fica "fora de mão"...)

2 comentários:

  1. Ainda há muita gente que gosta de os ler.
    Mas se não chegam às bancas, pouco há a fazer.
    Abraço e uma boa semana

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    1. Foi uma novidade, Elvira.

      Não fazia ideia do que estava a acontecer.

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