Quando venho de um período de férias, ainda que curto, não me apetece começar logo a escrever sobre assunto demasiado sérios.
Foi por isso que ainda não disse uma única palavra sobre a apropriação das palavras da escritora Deana Barroqueiro, por parte do realizador João Botelho, no argumento de "A Peregrinação", o último filme que realizou.
Mas esta apropriação nem é o mais grave grave de todo este caso. O seu pedido de desculpas, "esfarrapado", na qual ele diz que não conseguiu contactar a editora e a escritora, é uma coisa sem pés nem cabeça. Se pensarmos que estamos a falar de uma das duas principais editoras do nosso pais... não vale a pena acrescentar mais nenhuma palavra.
Outro aspecto não menos importante é a quase ausência de notícias ou críticas negativas sobre este acontecimento. O que é bastante revelador da nossa "vida cultural", cheia de capelinhas, onde se junta a gente "bem" da cultura e do jornalismo, para beber copos e desdenhar dos nossos "tonis carreiras" ou "diogos piçarras", que até podem ter menos talento que eles, mas não lhes ficam a dever nada em dignidade.
(Fotografia de Luís Eme)
É a primeira vez que oiço isto... não fazia ideia.
ResponderEliminarTocas no ponto mais importante da polémica, Isabel, a ausência de notícias sobre o assunto. Ou seja, o proteccionismo do jornalismo cultural a um realizador "culto", que não pode ser comparado com Tony Carreira ou Diogo Piçarra...
EliminarNão concordo que se coloque "uma corda no pescoço" a João Botelho, um excelente realizador, mas trata-se de uma notícia pertinente e não pode ser escondida.
Concordo plenamente!
ResponderEliminarTambém não sabia de nada, até que li, há dias, um post no facebook. Uma grande vergonha e falta de respeito pela escritora!
Sem qualquer dúvida, Cristina.
EliminarO curioso é o quase "silêncio" à volta do assunto...