terça-feira, novembro 03, 2015

Um Telefonema com Puxão de Orelhas


Hoje falei ao telefone com uma amiga sobre esta coisa de  escrever. 

Não gostou de saber que o romance (que tinha muitas histórias e muita gente lá dentro...) estava à espera de melhores dias.

Acusou-me de não me levar demasiado a sério. Eu sorri-lhe, para depois responder que era um alívio, pois sofre-se muito menos.

Disse que se lembrou de mim ao ler o "Diário de Noticias" de domingo (prometo contar por quê até ao fim da semana...). E voltou a tentar chatear-me, com puxões de orelhas ao telefone. Isso mesmo, desses que não doem nada, apenas nos fazem pensar.

Depois de desligar o telefone fiquei a falar com os meus botões e não tive qualquer dúvida de que para mim é mais fácil começar. Talvez seja por isso que tenho tantas histórias que não passaram do meio e continuam à minha espera, algures numa pasta qualquer do computador.

Nem se pode falar de gavetas cheias de "palha". Pode-se sim falar das tais pastas com documentos à espera de melhores dias...

A fotografia é de Gabriel Casas.

6 comentários:

  1. Ou não se leva a sério, ou é demasiado exigente consigo, e com o que escrever, E nem sempre isso é bom. Às vezes castra ideias. E estamos todos à espera desse tal romance. Ou de outro quem sabe.
    Um abraço

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    1. Não se trata de ser exigente, Elvira.

      Sei que não me levo muito a sério e ainda bem, porque em Portugal cada vez é mais difícil existir alguém que publique os nossos livros (se não os pagarmos)...

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  2. Que bom, ter alguém que lhe dá puxões de orelhas telefónicos, quando diz que o romance espera por melhores dias. Quem me dera...
    Guarde bem essas amizades ;)

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    1. Acho isso normal, Cristina.

      Quando gostam de nós e sabem que escrevemos, é normal que tem puxar-nos para cima.

      (e nem vou falar do que me dizem, que escrevo melhor que fulano e beltrano, etc, que se fartam de publicar livros... penso que seja comum e por vezes tendencioso, por gostarem de nós)

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  3. E melhores dias virão.... Se bem que entenda que não deve ser tarefa nada fácil ... Esperemos....

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    1. Não vivo muito preocupado com isso, Graça (e ainda bem, era uma carga de trabalhos...).

      :)

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