Hoje ao cruzar-me com uma mulher, com um chapéu quase gigante, lembrei-me de ti e do te chapéu amarelo, que quase parecia um "sombrero" mexicano, que fazias questão de usar com o teu vestido da mesma cor.
As mulheres sempre foram mais caprichosas com a roupa, com os conjuntos, com as cores que falam umas com as outras, nós nem por isso. Talvez seja falta de alguma boa literatura de costumes...
O mais curioso era seres detestada pelas raparigas locais, que te olhavam como se fosses "estrangeira". A inveja sempre foi, é, e será, uma coisa terrível. Sei que muitas vezes é mais forte quase que o querer, mas não deixa de fazer mossa.
Deve ter sido por isso que ela se aproximou de nós, de mim e do meu irmão, acabando por nos conquistar como amigos, apagando a possibilidade de mais qualquer coisa.
Nessa altura pensava que quando conhecíamos bem demais uma pessoa nunca a poderíamos amar com paixão, a amizade não casava bem com o tal amor que fazia bater o coração.
Provavelmente lia os livros errados e falava com as pessoas incertas...
O óleo é de Jonathan Green.
Tb acho difícil sentir paixão quando sentimos primeiro uma grande amizade... Será mais fácil ao contrário. : )
ResponderEliminarLinda a sua narrativa, e me fez lembrar a personagem do livro, O Amante, da Marguerite Duras. A menina usava um chapéu grande, de homem, com uma fita preta, incomum para uma moça, que a tornavadiferente das demais meninas.
ResponderEliminarO seu texto invoca um tempo de encontro e de amizades, que nem por isso, impediria (ou impediu) de que outro sentimento brotasse.
Causou em mim uma saudade inesperada.
;))
pois é, Catarina, mas nós somos um bocado estranhos. :)
ResponderEliminara saudade é quase sempre boa, "Canto na Boca".
ResponderEliminar