Ela sabia que as flores da Revolução, as flores de Abril, eram encarnadas e eram cravos...
Mesmo assim escolheu umas coisas amarelas, bonitas, que eu nem sequer sabia o nome, mas que não eram cravos.
Perguntei-lhe porque razão tinha comprado aquelas flores e não cravos. Disse-me com sorriso, que eram as mais bonitas.
Ainda acrescentei que estávamos em Abril. Ela disse que sim, mas também estávamos na Primavera, a estação de todas as flores e cores...
Olhei para a jarra e fiquei por ali em silêncio, uns segundos, antes de pegar num livro e partir para outros lados.
Não voltei a falar de flores com ela, até porque ela tinha razão, a Primavera não fazia qualquer tipo de distinção entre plantas, dava-lhes cores e perfumes diferentes, mas a beleza continuava lá...
Quando saísse à rua comprava cravos e colocava-os numa outra jarra...
O óleo é de Jean Pierre Gilret.
Os cravos vermelhos murcharam. Agora só há é cravas e a festa do 25 de Abril tornou-se Kitsh. Não irei comemorar.
ResponderEliminarSabe Luis 39 anos depois daquele Abril, os cravos e os sonhos da maioria de gente do meu tempo morreram. Restam-nos a Paz 8 acabada que foi a guerra colonial) e a Liberdade. E enquanto nos restarem essas duas coisas eu festejarei sempre o 25 de Abril.
ResponderEliminarCom cravos ou com gerberas vermelhas ou amarelas não importa.
Um abraço e um bom feriado.
os cravos estão murchos....
ResponderEliminarela fez bem
um beijo
Vês cravos? São cravos!
ResponderEliminarVês rosas? São rosas! (parafraseando Gedeão?)
Beijinhos revolucionários
E as flores existem para embelezar o mundo :)
ResponderEliminarAbraço
há de tudo, Carlos.
ResponderEliminaraté cravos vermelhos, bonitos e cheirosos.
e são essenciais, Elvira.
ResponderEliminaralguns, Pi.
ResponderEliminarainda há por ai perfume a cravos.
bem parafraseado, Graça. :)
ResponderEliminarsem dúvida, Rita.
ResponderEliminare embelezam. :)