segunda-feira, maio 21, 2012

Já Não Há...


Ele percebia melhor as mulheres que nós todos juntos.

Nunca percebi qual era o seu segredo, mas fiquei sempre com a sensação que era sobretudo lata, com um niquinho de inteligência. 

Era o único capaz de abrir a porta de um carro para um dama sair ou tirar o chapéu da cabeça para cumprimentar as mulheres com quem nos cruzávamos na rua ou no café. Ou de colher uma flor na rua para oferecer a qualquer musa.

Também era o único capaz de namorar três moçoilas ao mesmo tempo, sem crises existenciais.

E o que as mulheres gostavam dele. Sim ele era amado (e odiado, claro, estes sentimentos estão sempre próximos...), pois despertava tudo menos indiferença. Mesmo entre os seus pares, era tão invejado...


O que ninguém percebeu muito foi a sua decisão inesperada de se casar, de ficar apenas com uma mulher.

O óleo é de Raymond Leech.

13 comentários:

  1. Antigamente havia homens assim.
    Um abraço

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  2. Esse é quase o meu retrato.

    Continuo é a não ser homem de uma mulher só. :)

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  3. a falar em nome próprio, Luís?:) um grande beijinho*

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  4. Pois é, razões que a razão desconhece :)

    Abraço

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  5. "decisão inesperada de se casar, de ficar apenas com uma mulher."

    verdade? assim mesmo?... ;)

    beijinho, Luís

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  6. Conheci um amigo de um amigo que penso é assim, até no final na decisão de casar e ficar só com uma.

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  7. E gostei do quadro :)
    beijinho

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  8. eram mais comuns que hoje, sim, Elvira.

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  9. não.

    nunca tive estas características, Alice.

    não abro portas de carros, não uso chapéu, às vezes ofereço flores, mas só às vezes. :)

    pior mesmo é não ter no curriculo essa do "tri-namoro". :(

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  10. jogos, há pessoas que jogam com a sua vida e com a dos outros, Rita.

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  11. as pessoas são um nadinha estranhas, Maria C. :)

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  12. eu já conheci malta assim, Gábi.

    tudo grandes tocadores de harmónica.:)

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