A palavra deslumbramento tem tanto de bonita como de perigosa. Basta dizer que "navega" entre a ilusão e a desilusão...
Nunca fui muito de deslumbramentos (provavelmente por medo...), nem nunca vivi (nem vivo) muito iludido com as coisas, apesar de ser optimista por natureza.
E se há coisa que detesto é que me "passem a mão pelo pelo", que digam coisas que eu sei que não sou, que me tentem "levantar ao ar e aproximar da lua", quase sempre por "razões que a razão conhece"...
Como me olho ao espelho todos os dias, sei que não sou aquele que me querem pintar. É nestes momentos que descubro que sou muito terra a terra e que não preciso de palcos para ser feliz.
Claro que isto também tem o seu "lado negro", há sempre alguém à nossa beira, preparado para aproveitar uma boleia e subir por nós acima, deslumbrado por qualquer coisa que não vislumbramos...
O óleo é de Avetis Khachatryan.
Conheces gente importante mas és tão modesto.
ResponderEliminar(Não tens pena de ser assim?)
Deslumbrada, eu já me senti e sinto. Perante a natureza, perante o riso de um bebé, ou uma saída da minha neta que já não é propriamente um bebé mas que só conta 3 anos.
ResponderEliminarPerante as pessoas nunca assim me senti.
Bajulação não aprecio. E carregar outros nas costas não corro esse risco, não tenho valor para isso.
Gostei da sua frontalidade.
Um abraço
é uma das palavras que mais me inspira, luís:) um beijinho*
ResponderEliminarComo é bom aceitarmo-nos como somos. E não querermos parecer o que não somos. Nada nos protege mais de equívocos.
ResponderEliminarBeijinho, Luís
Belo texto, Luís! Tão sincero, tão franco. Que bom que fôssemos muitos assim!
ResponderEliminarDetesto deslumbrados/as!
Gosto da forma como escreves e das palavras enxutas de que te serves.
ResponderEliminarque texto bonito!
ResponderEliminareu também nao sou de deslumbramentos, e também não gosto muito dos palcos a que te referes.
um beij
não. :)
ResponderEliminarpois, há deslumbramentos e deslumbramentos, Elvira. :)
ResponderEliminaracredito, Alice.
ResponderEliminarnem mais, Virgínia.
ResponderEliminar(o "deslumbramento" que motivou a crónica acabou por dar direito mesmo a má figura da "deslumbrada", com troca do nome das pessoas, pés, pelas mãos, etc)
este texto foi mais pessoal que o costume, Graça, porque precisei de desabafar.
ResponderEliminarfelizmente o blogue também serve para isso.
infelizmente as pessoas continuam a surpreender-nos, quase sempre pela negativa.
o pior é saber que vai ser assim pela vida fora.
são as que me aparecem mais próximas daquilo que sinto, Helena.
ResponderEliminarparece que somos parecidos, Piedade. :)
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