Faltava uma semana para o Natal, quando o Manuel, com apenas oito anos, chegou a casa e disse aos pais que nunca mais ia à catequese e à missa.
Os pais estranharam esta decisão, ainda por cima tão afirmativa, embora reagissem de forma diferente. O pai sorriu para dentro, satisfeito por o filho ter descoberto tão cedo, a farsa que era a igreja. A mãe ficou muito desgostosa, queria que o filho descobrisse Deus, seguisse os seus ensinamentos e fosse sobretudo uma boa pessoa.
Quando durante o almoço de sábado a mãe questionou o filho sobre a sua atitude, este respondeu que tinha sido escolhido para ler um poema de Natal na missa, por ser quem lia melhor na catequese. Só que o padre assim que soube, disse à catequista que quem ia ler o poema era o neto do senhor Ferreira, o homem mais rico e importante da aldeia.
Para que não restassem dúvidas sobre a sua posição, fez uma pergunta à mãe, que a deixou sem palavras: «Se Deus é assim tão bom, porque razão quer que sejamos pobres e não tenhamos presentes de Natal?»
O óleo é de Derek Gollahen.
Sim a igreja é uma farsa mas isso não impede que façamos uma reflexão sobre o mistério da vida. A igreja e as igrejas, de facto, não ajudam nada.
ResponderEliminarnota: deixei um pedido na Carroça dos Livros.
Boas Festas.
E ainda por cima não ser o escolhido para ler o poema de Natal! :-((
ResponderEliminarAbraço
Não sei se é ficção, mas, sou tentada a acreditar que foi mesmo realidade.
ResponderEliminarE sempre tempo de renovar e de viver em paz.
Feliz Natal
Os insondáveis mistérios da fé...
ResponderEliminar;-)
Beijos, Luis.
Que vivas uma feliz quadra natalícia.
Acredito que Deus é mesmo bom. Mas também acredito que poucos O conhecem. E que há quem O conheça, mas não acredite que Ele exista. Talvez Deus seja, apenas, uma luz que nos nasce por dentro.
ResponderEliminarBeijinho, Luís, e um Natal muito feliz!
claro que não, Carlos.
ResponderEliminaresta história tem mais de cinquenta anos, hoje as coisas são ligeiramente diferentes.
é, Rosa.
ResponderEliminaro pior é que parece que voltámos à "parvónia", o dinheiro voltou a ser que mais ordena, tal como as famílias importantes, que gostam de botas lambidas por padrecos e de um pobre para a noite de natal, para "converter", a qualquer coisa.
aconteceu há mais de cinquenta anos, uma história parecida, Piedade.
ResponderEliminarestes não são mistérios da fé, mas dos homens que pensam que podem comprar outros homens, como compram batatas, Filoxera.
ResponderEliminartambém gosto desse Deus, daquele que representa o bem e não o poder, Virginia.
ResponderEliminardaquele que nos olha da mesma forma, independentemente das nossas diferenças.
é a boa nossa utopia.
Eu cá "orgulho-me" de ter chumbado três anos na catequese ... por faltas... (Mas felizmente tanto a minha mãe como o meu pai "deram-me toda a cobertura" para isso...nos idos de 50. Que sortuda eu fui!)
ResponderEliminare nesse tempo, Carol.
ResponderEliminaré mesmo de sortuda. :)