No tempo em que éramos quase pobres, tinha poucos amigos da minha idade com carro.
Aos vinte e muitos poucos anos recordo que boa parte dos amigos da "borga", com quem me aventurava na noite, eram todos ligeiramente mais velhos que eu.
Estou a falar da primeira metade dos anos oitenta. Há quase trinta anos...
Dentro da noite, conhecíamos alguns mulheres, quase "aves nocturnas", que também escolhiam a quinta-feira como espaço de diversão, escapando às enchentes do fim de semana.
Como ninguém tinha carro e gostávamos mais de gastar dinheiro em cerveja que em táxis, esperávamos quase sempre pelo primeiro barco da manhã.
Nem sempre estávamos em bom estado, mas como éramos jovens, não custava nada fazer uma directa. O quase ligeiro peso dos olhos era coisa pouca, mesmo quando com mais uns "quilos" depois do almoço...
Esperávamos muitas vezes o barco à beira-mar, a olhar o rio com a neblina matinal, quase sempre divertidos e sem esperar que aparecesse ele rei dom Sebastião, como neste óleo de Tim Etiel.
"... que vida boa era a de Lisboa!..." (Fausto)
ResponderEliminarsim, quando somos jovens pensamos menos, Carol.
ResponderEliminartambém tem vantagens. :)
Esses talvez fossem os tempos mais divertidos.
ResponderEliminareram, sem dúvida, "pobretes e alegretes", Catarina. :)
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