quarta-feira, outubro 07, 2020

Olhamos e o que Vimos?


Estas duas fotografias, fresquinhas (têm meia-dúzia de horas), suscitaram-me algumas questões. A mais pertinente foi a velha história de estarmos todos fisicamente no mesmo lugar, apenas fisicamente. As cabeças de certeza que andavam por sítios diferentes...


Olhamos todos na mesma direcção, e o que vimos?

Nunca é a mesma coisa, porque cada cabeça gosta de pensar de maneira diferente. E o Tejo está longe de ser um "jogo de futebol ou de ténis".

O Tejo é apenas a paisagem, o "pano de fundo". Podemos estar longe ou estar perto. Depende da nossa presença ou da ausência...

(Fotografias de Luís Eme - Boca do Vento e Olho de Boi)


4 comentários:

  1. Estamos sempre em mudança e, connosco, aquilo que nos rodeia!

    Abraço

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  2. Sammy, o paquete08/10/20, 16:26

    Olhamos todos na mesma direcção, e o que vimos?
    Quando o sábio aponta para o alto o idiota fica a olhar para o dedo.
    Do rio que tudo arrasta se diz que é violento mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem, o Helder Pinho, no Ginjal, domingo à noite, anos 60, a olhar Lisboa, a citar Brecht, à espera da partida da camioneta que me faria regressar a Tavira para continuar a cumprir a recruta, regresso a um limbo de possíveis e impossíveis, o acender do meu cachimbo, já e pensar numa guerra lá longe, tão estúpida, tão inútil…
    Memórias que regressam quando menos se espera, bastando um pedaço do rio para que tudo aconteça, outra vez...

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    Respostas
    1. Não deixa de ser curioso, pintaram essa frase num velho casco de barco no cais do Olho de Boi, Sammy.

      O Rio é assim, mais para o bem que para o mal. :)

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