domingo, outubro 18, 2020

O (Nosso) Velho Hábito de Proteger os Mais Fortes


Muitas vezes, quando falo de "nós", portugueses (sobre vários temas...), tenho a consciência de que os problemas que abordo são  capazes de ser "universais", ou de pelo menos não se limitarem a este nosso rectângulo acidentado, tão apetecível para reformados da Europa ou empresários do Oriente.

Neste caso particular, do velho hábito de se protegerem os mais fortes (acontece em quase todos os sectores da sociedade...), talvez seja uma coisa mesmo nossa (e de países com democracias recentes...). Continuo a sentir que instituições como a igreja católica, ou os nossos tribunais, ainda não se conseguiram libertar das marcas que ficaram do regime anterior. O normal é vermos um bispo ou um padre, a ladear quem tem mais poder e riqueza, e não os mais desprotegidos da sociedade. E nem vale a pena falar do sentimento de impunidade dos "poderosos" em relação à justiça, que também não nos deixa grandes dúvidas...

Abrindo outra "porta", acaba por ser natural ouvir o presidente do Sporting, queixar-se de que não merece o mesmo tratamento por parte dos árbitros, que por exemplo o Porto ou o Benfica. Claro que, embora tenha razões de queixa, está longe de ser uma "vítima". Como se costuma dizer, "está a queixar-se de barriga cheia". Vítimas são o Tondela, o Farense, o Moreirense e os outros pequenotes...

(Fotografia de Luís Eme - Sesimbra)


2 comentários:

  1. O pior é que tens razão...
    Uma boa semana com muita saúde.
    Um abraço.

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    1. A democracia nunca mais "amadurece", Graça...

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