O feriado de 15 de Agosto ainda continua associado à Feira Anual das Caldas da Rainha (que ainda se realiza, apesar de ter perdido o brilho de outros tempos...), pelo menos na minha cabeça.
Feira que fez parte da minha meninice, com o circo, o poço da morte, os carrinhos de choque, os carroceis, 0 algodão doce, as barracas de farturas e até os vendedores de quinquilharias...
Feira que fez parte da minha meninice, com o circo, o poço da morte, os carrinhos de choque, os carroceis, 0 algodão doce, as barracas de farturas e até os vendedores de quinquilharias...
(Fotografia de Luís Eme - Manta Rota)
Não comenta por comentar, mas há textos ou fotografias em que uma força estranha o obriga a dizer qualquer coisa, mesmo sabendo que ninguém vai entender o que ele tenta dizer.
ResponderEliminarTem com as Caldas da Rainha uma colecção de gratas recordações, outras nem tanto, mas as gratas dão para hoje ainda sentir uma sadia nostalgia desses tempos.
Por motivos militares de caracter obrigatório, permaneceu nas Caldas da Raínha entre Janeiro de 1968 e Outubro de 1970.
Lembra os jantares, pelo Verão, em São Martinho do Porto, na Nazaré, em Peniche, aquele medievalismo de Óbidos que hoje já perdeu alguma patine, os gins-tónicos bebidos numa bomba de gasolina em Alfeizerão com uma juke-box onde ouvia o «Make me an Island» do Joe Dolan, as eleições de 1969, o saber que o Pide de serviço, nesse mesmo domingo, ter corrido ao RI 5 para informar o comandante que os sargentos milicianos tinham votado na Oposição e o elevado número desses votantes ter impedido qualquer actuação de disciplina militar por «traição à Pátria», mas ficámos marcados para o futuro, a serenidade dos fins de tarde no Parque, o mercado de frutas na Praça Central, o café de esquina na mesma praça onde os antifascistas se reuniam , as sessões de cinema no Salão Ibéria, uma livraria numa rua perto do largo onde comprava livros que em Lisboa estavam proibidos, as viagens na automotora da Linha do Oeste ou nas camionetas azuis dos Claras, meia dúzia de pequenos restaurantes onde se comia maravilhosamente por preços quase irrisórios.
Bom, terá que deixar as memórias sossegadas, sair aqui, não molestar os viajantes do Largo com coisas de que só ele conhece o gosto.
Mas repete: não resistiu ao chamamento deste texto.
Muito Oeste nestas boas memórias, Sammy...
EliminarO 15 de Agosto para mim é a banda a tocar na procissão atrás da imagem de Nossa Senhora da Assunção que percorre as ruas da vila.
ResponderEliminarEste ano não ouvi a banda porque com netos pequenos tive que arranjar programa mais aliciante!
Abraço
Há quase um 15 de Agosto para cada um de nós, Rosa. :)
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