Esta vontade insaciável de guardar tudo o que se "vê" de bonito (ou quase...), dentro do telemóvel ou da câmara fotográfica, mesmo que tenha muitos "ques", continua a ganhar novos adeptos diariamente.
Já tenho falado disso com amigos, que são fotógrafos. Eles sorriem às minhas observações e pouco adiantam em relação a este mundo cheio de fotografias e de fotógrafos.
Mas não estão nada assustados.
Mas não estão nada assustados.
Eu, que também não dispenso a máquina fotográfica no dia-a-dia, sinto que além de estarmos a perder a capacidade de olhar para as coisas com olhos de ver, precisamos de mostrar aos outros - e de olhar também - onde estivemos.
Talvez tenhamos medo que as coisas belas desapareçam... Talvez precisemos destas imagens para alimentar histórias com e sem sonhos... Era capaz de fazer mais linhas com a palavra "talvez", mas não vale a pena.
Nestas aventuras mundanas do mundo do turismo e dos turistas, o que acho mais estranho, é a necessidade que muitas pessoas sentem de posar à frente das coisas (e não são só os turistas de olhos rasgados...), como se estas também lhe pertencessem, ainda que por uns breves instantes...
(Fotografia de Luís Eme - Costa Nova)
Também acho isso estranhíssimo.
ResponderEliminarNo FB então nem se fala...
Penso que haja um pouco de narcisismo nisso! :)
Abraço
Na verdade, sentimos as coisas de forma diferente, Rosa.
EliminarHá pessoas que têm mais necessidade de mostrar aos outros, que estiveram mesmo lá, é por isso que se metem dentro das fotografias.
Ainda que eu não me possa incluir nessa grande maioria - embora também goste de fotografar os lugares bonitos por onde passo - não vejo que haja mal nisso! :)
ResponderEliminarPois se temos essa facilidade connosco e ao nosso alcance, porque não fazê-lo? Se as colocamos, ou não, nas redes sociais, isso já fica ao critério de cada um. Eu não tenho FB nem Instagram, mas coloco algumas no blogue.
Essa do Luís a marcar a sua passagem pela Costa Nova, está lindíssima!
São momentos para mais tarde recordar...:)
Também não encontro mal nenhum, mas acho que não olhamos as coisas como olhávamos no passado, Janita.
EliminarÉ tudo mais breve, talvez por isso a necessidade de se "guardar", para olhar mais tarde...
Tanta gente a fotografar o que não vê!
ResponderEliminarÉ isso mesmo, Severino. Gostamos mais da cópia que do original...
Eliminar