segunda-feira, janeiro 16, 2017

Coisas Importantes (quase) sem Importância Alguma...


Se pensar bem no assunto, ando constantemente em arrumações.

Tudo isto acontece graças à "tralha" que guardo, a pensar que um dia qualquer me poderá ser útil, naquela coisa que não existe, a que chamamos futuro...

Claro que acabo por esquecer a sua existência (a não ser que me seja absolutamente indispensável, o que raramente acontece, pelo tal esquecimento...).

Mas o maior drama é quando resolvemos "revirar" as coisas, continuarmos com dificuldade em as deitar fora. Muitas delas acabam por ficar no mesmo caixote e voltar ao mesmo sítio da garagem (mesmo que saiba, que apesar de estarem catalogadas, acabarão novamente esquecidas...).

Claro que há sempre alguma coisa que fica em casa (para avolumar a "papelada" que me rodeia...), por lhe descobrir importância para este ou aquele trabalho...

Bem dizia o bom do Pina: ««Descobri que as coisas importantes, se as pusermos num monte, passados uns meses, deixam de ser importantes. É tudo inútil, são urgências que entretanto deixaram de ser urgentes.»

(Óleo de Joan Miró)

8 comentários:

  1. Luís, é muito curioso como as pessoas são tão diferentes quanto a este assunto diz respeito... e como certos acidentes do percurso de vida influenciam-no grandemente.
    Não tenho tralha nesse sentido que referes. Conservo apenas aquilo a que dou uso. A ideia de finitude está sempre muito presente em mim.
    Sim, o Pina tem toda a razão. Não creio que existam coisas importantes.

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    1. Ás vezes penso que gostava de ser assim, Isabel...

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  2. Eu faço o possível por não guardar "tralha". Mas também guardo alguma sempre à espera que sirva para alguma coisa. O melhor é "catalogá-la"...
    Uma boa semana.
    Um abraço, Luís.

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    1. Pois, mais simples de dizer que de fazer, como tantas outras coisas da vida, Graça. :)

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  3. No fundo, uns mais que outros, todos somos assim. Não é por acaso que temos um ditado que diz
    "Guarda o que não presta, terás o que precisas" O problema é que quando a gente precisa, nunca se lembra do que está guardado.
    Um abraço

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    1. Também é verdade, Elvira.

      E descobrimos tanta coisa que pensávamos não ter...

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  4. Também faço isso. Guardo coisas que sei que não irei usar. Na esperança de mudar de ideia, talvez, eu as guarde. Ou medo de perder. Sei lá.

    Olá, Luís.

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    1. É mais complexo do que parece, Letícia.

      Gostamos de "tralhas" e pronto. :)

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