quinta-feira, junho 04, 2015

Chegar e Ficar a Sul


«A Alice foi a única pessoas que quis saber porque tinha vindo para o Alentejo, contrariando a corrente habitual, que leva quase toda a gente para a Capital e arredores.

Quando lhe disse que vim para o Alentejo porque li num livro que os desertos são bons para recomeçar, ela sorriu.

Não lhe expliquei o quanto precisava de uma outra vida, nem tão pouco que o espelho tinha sido bom conselheiro. Quando vi o meu reflexo, senti que com trinta e quatro anos, ainda estava a tempo de tudo. Esse momento fora decisivo para me decidir a escapar para o Sul, onde mantinha raízes, e mais importante, um porto de abrigo.»

A fotografia é de Anton Corjbin.

4 comentários:

  1. por vezes é preciso...e só nós sabemos...de nós...

    abraço apertado.

    :)

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  2. sim.

    e hoje parece que tudo tem prazo de validade, Piedade...

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  3. O Alentejo parece ser porto de abrigo para muita gente.
    Um abraço e bom fim de semana

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  4. porto de abrigo e porta de saída, Elvira. :)

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