Eram dois, pediram-lhe a carteira e ele começou a rir-se quem nem um perdido.
Puxaram de uma navalha e encostaram-na ao seu pescoço, com cara de maus rapazes.
Olhou-os nos olhos e sem os levar a sério, disse que não usava carteira e que o único dinheiro que tinha, estava nos bolsos.
Um apalpou-o de alto a baixo, o outro aliviou-lhe o pescoço, pedindo-lhe de seguida para despejar os bolsos.
Fez-lhes a vontade e entregou-lhes uns míseros 3 euros e 75 cêntimos, que estavam longe de o envergonhar.
Os dos rapazolas olharam um para o outro e começaram a rir.
Quando se preparavam para virar costas ele lembrou-lhes do assalto:
«Então, não querem o dinheiro?»
Sem pararem de rir, pegaram nas moedas e despediram-se com um boa noite.
Parecia que não tinha perdido o sorriso desde então, quando me disse: «sabes uma coisa? Estranhamente senti-me aliviado, de bolsos vazios.»
O óleo é de Stephen Conroy.
Pois. Quanto menos as pessoas têm mais despreendidas são dos bens materiais.
ResponderEliminarUm abraço e bom Domingo
é verdade. Elvira.
ResponderEliminarsão as pessoas mais solidárias, são capaz de dar um pouco do pouco que têm.
ai que cena!
ResponderEliminarmas não deixa de ter a sua piada, pois dentro das circunstancias,até teve um final feliz, pois podia ter sido outro, bem mais grave.
;)
não faltam por aí amadores, disfarçados de ladrões, Piedade.
ResponderEliminara vida obriga-nos a coisas terríveis.