Todos sabíamos que o amor não resistia a tudo, nem mesmo nos livros e filmes, quanto mais na vida...
Mesmo os aprendizes de poetas como o Raul, eram incapazes de contrariar esta tese.
Raramente falávamos de amor, mas a Rita trouxe para a mesa um caso concreto: um casal com dois filhos que todos conhecíamos de vista e parecia ter um casamento indestrutível, mas que, como tantos, não conseguiu resistir a um ano e alguns meses de desemprego do chamado "chefe de família"...
O exemplo era sintomático: dois bons empregos que alimentavam uma boa casa, dois carros, colégios privados para os filhos, férias fora do país, etc.
Até que a crise resolveu desmoronar aquele "mundo", pintado com cores suaves e bonitas.
A inscrição dos filhos no ensino público e a venda de um dos carros, foram apenas o primeiro sinal da mudança de vida. Com a redução sucessiva do ordenado da esposa, professora (e do subsídio de desemprego dele...), o pagamento do empréstimo da casa tornou-se incomportável. Perante aquele cenário, não foi difícil culpar o homem da casa de todos os males, que não fazia nada, que não saia de casa para procurar emprego, etc, até se chegar à inevitável separação...
A inscrição dos filhos no ensino público e a venda de um dos carros, foram apenas o primeiro sinal da mudança de vida. Com a redução sucessiva do ordenado da esposa, professora (e do subsídio de desemprego dele...), o pagamento do empréstimo da casa tornou-se incomportável. Perante aquele cenário, não foi difícil culpar o homem da casa de todos os males, que não fazia nada, que não saia de casa para procurar emprego, etc, até se chegar à inevitável separação...
Este é apenas um caso entre milhares, de gente que perdeu quase tudo, até o amor, por causa de uma crise, que pode muito bem ter sido inventada, pela gente que ama o dinheiro acima de todas as coisas...
A ilustração é de Loui Jover.
Partilhar o pão da miséria é a melhor manifestação do amor, certo?
ResponderEliminarInfelizmente estão a acontecer cada vez mais casos destes. Aqueles que "amam o dinheiro acima de todas as coisas" são completamente insensíveis a tudo (o que não seja dinheiro, claro.
ResponderEliminarUm abraço, Luís.
Pois é, prefiro amar o Deus das pequenas coisas.
ResponderEliminarbjs e bom fim de semana
não é um caso único, e é muito desolador...
ResponderEliminar:(
O teu último parágrafo encerra toda a verdade!
ResponderEliminarAbraço
devia ser, Anónimo (a).
ResponderEliminarsim, Graça.
ResponderEliminarmas o amor por si só acaba por se revelar muitas vezes insuficiente, porque misturamos as coisas...
e fazes muito bem Rita.
ResponderEliminarpois não, Piedade...
ResponderEliminarmuita coisa mudou, Rosa.
ResponderEliminarO dinheiro (ou a falta dele) sempre foi o pior inimigo do amor. Afinal por causa dele se fazem guerras se matam inocentes. O dinheiro dá poder e o poder corrompe tudo à sua volta.
ResponderEliminarUm abraço e bom domingo
também me parece, Elvira.
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