Não é de hoje que sei que a leitura e o significado das palavras podem ter sentidos diferentes para as outras pessoas.
A primeira vez que tive realmente consciência disto, aconteceu no jornalismo, quando fiz uma reportagem sobre o futuro de um certame artístico, que cresceu de tal forma que ultrapassou a sua organização e as próprias instalações onde se realizava, ao ponto de atravessar um período crítico, com muitas indecisões pelo meio.
Além da reportagem não me escusei a dar pistas para o futuro, que tanto poderiam passar pela selecção de trabalhos como pela mudança do espaço (para um salão maior...).
Este trabalho acabou por causar alguma polémica, porque houve pessoas que conseguiram "ler" coisas que eu não tinha escrito...
A sua posição estava de tal forma pré-concebida, que leram o artigo de "esguelha".
Na época conversei com elas e percebi que continuavam a pensar que havia mais qualquer coisa por detrás das minhas palavras.
Este exemplo pode muito bem ser transposto para as caixas de comentários da "blogosfera" e do "faicebuque", onde percebemos que há entendimentos diferentes da mesma coisa escrita, que podem inclusivamente causar discussões do "arco da velha".
Penso que isso também se deve à riqueza das palavras, que podem ter múltiplos significados. Às vezes até os próprios autores são surpreendidos pelas interpretações de terceiros.
Desde que não se transportem "facas, chinelos e alguidares" para a conversa, acho que esta diversidade que nos pode levar para várias "ruas" e "avenidas" das palavras, extremamente ricas, só nos poderão fazer crescer.
O óleo é de L.S. Lowry.
sim tens razão, cada cabeça sua sentença, assim se passam com as palavras.
ResponderEliminare na poesia a "coisa" ainda se complica mais...
:)
Um texto muito interessante. Realmente um mesmo texto pode ter diferentes interpretações.
ResponderEliminarUm abraço
se tu o dizes, Piedade. :)
ResponderEliminarse pode, Elvira.
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