Os programas televisivos portugueses que nos tentam encher as casas de música (quase sempre de qualidade duvidosa...), aumentam no Verão, altura em que decorrem as habituais festas e romarias populares na maior parte das vilas e aldeias do nosso país.
Quando olho para estes "espectáculos", a primeira constatação que tenho é que há por aí muita gente "enganada", que pensa que sabe cantar, mas que não passaria sequer da primeira eliminatória de um programas como "Os Ídolos". Poderiam quanto muito ser escolhidos como "tesouros deprimentes".
Poderão ripostar e dizer que estes exemplos também podem ser transpostos para a literatura, o teatro, o cinema, as artes plásticas, etc, mas não há comparação possível. Nem um Lobo Antunes ou um Júlio Pomar, têm a mesma visibilidade (nem queriam, certamente) que qualquer destes cantores de qualidade duvidosa (e nem falo das letras que cantam....).
Durante algum tempo acreditei que uma boa parte destas pessoas "sabem ao que andam", que esta foi a forma que encontraram para ganhar algum dinheiro, principalmente no Verão.
Mas hoje penso que a grande maioria se julga mesmo melhor do que realmente é...
Talvez os aplausos consigam retirar a importância dos espelhos nas suas casas...
O óleo é de Jorge Crespo Berdécio.
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