Nunca esqueceu Diana, a miúda gira de olhos verdes e cabelos claros, que desafiou todos os perigos e se deixou enrolar pelo vício mais cruel.
Foi com ela que percebeu pela primeira vez que as mulheres e os homens bonitos também tinham dramas, também andavam perdidos, à frente e atrás da vida.
Cobarde, nunca a conseguiu resgatar das ruas escuras, limitava-se a apanhar boleia do eléctrico que passava nas ruas que frequentava e a acenar-lhe, como se se estivesse sempre a despedir...
Ela oferecia-lhe o melhor sorriso e piscava-lhe o olho, deixando-o bastante embaraçado e sem saber o que fazer.
Acabou por lhe perder o rasto, de vez, quando a linha do eléctrico foi substituída por um autocarro muito menos contemplativo e lisboeta...
O óleo é de Jean François le Saint
Um belo texto.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
as miúdas giras também se perdem....
ResponderEliminarcomo as outras...
;(
abraço, Elvira.
ResponderEliminarpois é, Pi.
ResponderEliminara beleza por si só não faz a diferença.:)