sábado, outubro 13, 2012

Os Meus Jornais


Não compro jornais como noutros tempos, por mais que uma razão: cada vez há menos tabacarias no espaço que poderia  chamar de "meu bairro"; as "espreitadelas" on-line, que embora não substituam os jornais, acabam por resumir as suas principais notícias e basta fazer um click, notícias que também não têm o interesse e entusiasmo de outros tempos, porque o jornalismo não tem a qualidade nem a independência que deveria ter. 

Há dois títulos que continuo a comprar com alguma regularidade, "A Bola" (apesar de ter trabalhado na concorrência, "Record", nunca deixou de ser o meu desportivo...) e o "Público", o primeiro porque me diverte e o segundo porque continuo a fingir que é um jornal de referência, onde permanecem algumas das minhas culturas (compro-o quase sempre às sextas, por causa do "Ipsilon"...) e gente que gosto de ler.

Sei que tem os dias contados, porque o senhor "Bernardino" deve estar cansado de ser dono de um jornal que não dá lucro.

Quando olho para trás não esqueço o jornal do Vicente, que sem nunca ter sido um sucesso de vendas, foi do melhor que se fez no jornalismo diário deste país.  Só o comecei a evitar na última fase do Fernandes, em que os seus ódios pessoais passaram a ser mais importantes que o pluralismo jornalístico.

O óleo é de Iman Maleki.

6 comentários:

  1. O jornal "A Bola" leio desde os tempos em que o Matateu ainda jogava. Quando jogava contra o Benfica, claro está. Não há dúvida estou a ficar com algumas rugas.
    Havia rivalidades entre os meus amigos, porque uns achavam que "A Bola" era melhor do que o "Mundo Desportivo", lembra-se? Outros, não o Mundo é que era.
    Actualmente quando desejo saber de alguma trapalhada (também para me divertir) leio o "Record". Ah, também para ver umas miúdas giras. Bem, as crónicas do Rui Santos agradava-me. Não sei se continua e escrever, porque leio o jornal de vez em quando.
    Tem graça, também compro o "Público" às sextas por causa do "Ipsilon". Ontem com uma entrevista com o Urbano Tavares Rodrigues que é bem revelador da desorientação dos comunistas perante os novos tempos. Mas eu gosto dele como escritor. Estou quase sempre de acordo com as crónicas do José M. Fernandes e do Pulido Valente (aqui já sei que não convergimos). Sim, acho que no tempo do Vicente Jorge Silva o "Público" era melhor.
    Quando quero saber, quem matou quem, leio o "Correio da Manhã". Mas à borla, onde vou tomar a "bica".
    Enfim, andam todos a fingir, porque a crise de vocações é enorme.

    Um abraço.

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  2. Não leio desportivos! :-))
    Leio o Público, o DN e o Expresso.
    Os diários apanho-os nos cafés do bairro, o Expresso é ponto de honra do meu parceiro.
    Ao JN dou uma olhadela online...assim como a outros!

    Abraço

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  3. Há muito que deixei de comprar jornais.
    Primeiro deixei de ter tempo para os ler. Quando arranjei tempo deixei de ter dinheiro. Coisa que penso não me tenha acontecido só a mim.
    Um abraço

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  4. eu não sou do tempo do Matateu, mas lei-o desde bastante cedo, Carlos.

    convergimos mesmo no que eses dois sujeitos escrevem, às vezes quase mentirosos. :)

    nunca tive por hábito ler o "CM", aquilo é outra coisa diferente de jornalismo. o mais curioso foi começar a ter seguidores, mesmo nos ditos jornais de referência.

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  5. só compro o "público".

    o "expresso" só me engana quando faz alguma revista especial ou oferece algo apetecível, Rosa. :)

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  6. sempre que passo por uma banca apetece-me comprar um jornal, Elvira.

    felizmente já consigo agarrar estes impulsos. :)

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