Uma das características mais perigosas de quem exerce o poder, é achar que está sempre certo, que as suas ideias são sempre melhores que as dos outros (quase que a coloco ao lado da capacidade de mentir e de corromper...).
Poderia falar de Salazar, da sua forma solitária, autoritária e "certa", com que exerceu o poder, mas ele já cheira demasiado a mofo.
Prefiro falar dos últimos trinta anos, em que tivemos pelo menos quatro primeiros-ministros teimosos e incapazes de dar o braço a torcer, mesmo quando estavam errados (e o pior de tudo, é terem sempre desculpas para cobrir os seus erros): Mário Soares, Cavaco Silva, José Sócrates e Pedro Passos Coelho. E muitos dos problemas que estamos a enfrentar devem-se à sua teimosia e falta de visão, a médio e longo prazo.
Aparentemente os três primeiros eram lideres fortes (o que não me parece ser o caso do actual primeiro-ministro, que mais parece uma "marioneta" do Relvas...), mas em vários momentos-chave da sua governação, não tiveram a capacidade de ouvir quem estava mais avalizado para dar uma opinião, séria e independente, cujas convicções não se confundiam com cargos ou contas bancárias.
Além de ser uma capacidade rara, conseguir olhar e ouvir em todas as direcções quando se exerce o poder (resistindo a todo o tipo de pressões...), todos nós sabemos que pessoas com estas qualidades não interessam aos partidos políticos actuais, que são cada vez mais meras "agências de empregos"...
O óleo é de Marta Shmatava.
Exactamente, Luís!
ResponderEliminarSer jota ou ter sido jota nem é meio caminho andado, é ter emprego certo!
Abraço
Um post muito pertinente e quanto a mim escrito com uma visão muito real da actualidade.
ResponderEliminarUm abraço
Nem mais!
ResponderEliminarBjs
é meio caminho para a incompetência e a protecção do compadrio, Rosa.
ResponderEliminare explica quase tudo.
infelizmente, Elvira. :(
ResponderEliminaré, Rita. :(
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