quarta-feira, abril 25, 2012

Olhares sem Abril


Trinta e oito anos depois da Revolução de Abril, mudou muita coisa, quase sempre para pior.

Uma boa parte das pessoas que foram (e são...) poder, preocuparam-se mais em destruir sonhos que em construir um país livre, justo e com futuro.

Ontem ao ler Manuel António Pina, no "JN", ainda sobre Rui Rio e a Escola da Fontinha, concordei mais uma vez com ele: «A história do século XX ensina-nos que o facto de um individuo ser eleito democraticamente não faz dele um democrata.» São tantos os exemplos, à esquerda e à direita, especialmente no Poder Local, onde tem sido possível governar mais tempo que o próprio Salazar...

Mas onde eu noto mais diferenças é no olhar das pessoas, cada vez mais baço e onde se pode descobrir sobretudo medo, raiva e desespero. 

Infelizmente os olhares de esperança, capazes de oferecer um sorriso a quem passa, são cada vez mais difíceis de descobrir por aí...

O óleo é de Aline Sibera.

8 comentários:

  1. Pois como é possível as pessoas terem um vislumbre de alegria ou de esperança no olhar, com um governo destes que só lhes sabe extorquir dinheiro e barrar direitos?

    Um desespero!

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  2. sem abril, olhares esmorecidos, sem vontade, moribundos de vida e garra!
    beijinhos

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  3. é quase impossível sim, Graça. :(

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  4. sim, Abril é sobretudo esperança, coisa que começa a rarear, Gaivota.

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  5. Ponha raro nisso Luis.
    Amigo agradeço o seu comentário de ontem que teve uma importância especial. Foi o comentário nº 10000.
    Um abraço e bom fim de semana

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  6. Mas é preciso continuarmos a acreditar que é possível a mudança!
    Eu faço um enorme esforço para que o meu olhar transmita ainda alguma esperança sobretudo àqueles que me estão mais próximos e precisam disso!

    Abraço

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  7. raro mesmo, Elvira.

    10000? é obra. :)

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  8. claro, Rosa, senão não sobrevivemos...

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