Hoje comemora-se o Dia Internacional do Livro.
Poderia fazer uma pausa, tal como os "mentirosos" dizem que fazem no dia 1 de Abril, mas para quê, se é sempre um prazer falar de livros?
Há um aspecto curioso no meu "amor" pelos livros, noto que aqueles que mais "entraram por mim a dentro", são obras simples mas muito bem escritas. Claro que também me apareceram em momentos cruciais da vida.
Por exemplo a "Engrenagem" do Soeiro Pereira Gomes, surgiu de uma forma revolucionária no começo da minha adolescência, ao apresentar-me o mundo do trabalho, tal como ele é, repleto de injustiças e enganos. "O Malhadinhas" do Aquilino Ribeiro foi o livro decisivo do meu regresso à leitura (e à escrita...), já adulto. A magia das palavras de Aquilino fez de mim quase o único cliente da rica biblioteca da escola onde dava aulas, com os livros a transportarem-me para outras viagens, no interior da carruagem do comboio que me transportava diariamente entre Santa Apolónia e Vila Franca de Xira.
E os "Bichos" de Miguel Torga? Que maravilha... e claro, "Os Capitães da Areia" ou "Os Velhos Marinheiros" de Jorge Amado.
Um dos últimos livros que me encantou foi "O Velho que Lia Romances de Amor", de Luís Sepúlveda.
Tenho lido bons livros e bons autores, mas não deixaram o mesmo encantamento que esta meia-dúzia de obras me proporcionou.
Quando me perguntam qual o melhor livro que já li, penso sempre que ele não é único. Mas quando penso melhor no assunto, há um livro que sobressai e que achei fabuloso e que talvez seja o tal número um. Falo de "Por Quem os Sinos Dobram", de Ernest Hemingway (até tenho medo de o ler novamente e não encontrar a beleza e a qualidade, que descobri, ao ler aquele relato tão intenso, que acaba por ser mais sobre a honra e a lealdade e as escolhas que temos de fazer em tempos difíceis, que sobre a Guerra Civil de Espanha...).
A Falar dos livros é que você está bem.
ResponderEliminarAcho que o melhor livro que li foi "A Bela do Senhor" de Albert Cohen. Mas houve tantos, tantos outros de que gostei muito! "O Ano da Morte de Ricardo Reis", "A História do Cerco de Lisboa", "O Monte dos Vendavais", os romances de Virgílio Ferreira, "Os Maias", "A Cidade e as Serras", "A Catedral do Mar" e sei lá... por aí fora! Dezenas do muito bons livros que já li!
ResponderEliminarÉ tão bom ler bons romances! E belas poesias também.
Desde que aprendi a ler-me tornei-me uma leitora compulsiva. Lia tudo o que apanhava. Livros bons e também outros que nem valeriam a pena, mas eu não tinha livros em casa. Às vezes nem pão quanto mais livros. Nesse tempo ia à Seca uma biblioteca ambulante, uma carrinha grande cheia de livros que alugávamos gratuitamente.Todos os meses eu ia buscar os livros que me permitiam, 3 e no mês seguinte mediante a entrega daqueles trazia outros.Não tinha quem me aconselhasse este ou aquele autor,a minha mãe só sabia assinar o nome, o meu pai tinha aprendido a ler com o filho do patrão, como já contei no Sexta, mas nunca foi à escola. Livros lá em casa só havia a Biblia, que ele ganhara em menino, do seu patrão. Então eu escolhia o livro não pelo autor mas pelas cores da capa. E comecei veja só pelo "Rosa do Adro".
ResponderEliminarJá nem lembro bem tudo o que li.
Mais tarde em Luanda, estive empregada no Colégio Marista Cristo-Rei. Aí havia uma excelente biblioteca, e um dos irmãos teve a paciência e o carinho de me aconselhar na leitura. Foi aí que tomei conhecimento com esse maravilhoso livro. E com muitos outros.
Hoje já leio muito menos. Mas ainda assim leio bastante. Penso que um livro é sempre uma janela aberta para um mundo que desconheço.
Um abraço e desculpe ter-me alongado tanto.
fixe, antónimo
ResponderEliminarquero muito ler "O ano da morte de ricardo reis", Graça.
ResponderEliminarprovavelmente pela capa, Elvira.
ResponderEliminar"A rosa do adro" tem uma bonita capa.
já li já tantos livros que alguns esqueci.
ResponderEliminardos que mecionaste tambem gostei do "O velho que lia romances de amor", lembro que me sentei na esplanada da praia e li-o de uma só vez.
era emprestado e devolvi à dona no mesmo dia perguntando se ela não tinha outro, ela tinha " Diário de um Killer Sentimental", fiquei fã desse chileno.
beij
eu também sou assim, Piedade. se gosto leio tudo o que apanho.
ResponderEliminaracho que li tudo o que está editado do Sepúlveda entre nós.
Já o li há muitos anos e gostei tanto que decorei o poema de John Donne no início (e eu não sou de decorar poemas e prefiro prosa).
ResponderEliminaré um livro especial, Gábi.
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