A existência de monumentos de homenagem ao “Soldado Desconhecido”, de quase todas as guerras, faz confusão a muito boa gente. Especialmente a quem nunca vestiu uma farda militar e só conhece a palavra guerra de filmes e reportagens televisivas.
Às vezes sou metido ao barulho, por ter sido militar, perante falsos “objectores de consciência” que além de nunca terem acordado ao sou do toque de alvorada, gostam de brincar com a “promessa” de se defender da pátria com a própria vida, prometida em qualquer juramento de bandeira, por soldados de carne e osso.
Sinto o quanto é complicado ajuizar sobre termos militares, num país que até parece (ou finge...) que não conviveu com um cenário de guerra, relativamente recente, nas nossas antigas colónias.
O nosso passado, acaba por influenciar de uma forma decisiva a nossa opinião.
Surge quase de imediato uma divisão natural: o facto de termos sido ou não militares. Entre os que não assentaram praça, surgem outras sub-divisões, como por exemplo: os que ficaram livres naturalmente; os que “compraram” a passagem à disponibilidade; e por fim, os que “fugiram” do seu dever (era habitual durante a guerra colonial) emigrando a salto para o estrangeiro.
Depois há o tempo e a situação em que vestimos fardas. Como é normal, quem conviveu com a guerra, tem uma visão diferente de quem apenas conheceu a vida militar em tempo de paz.
Com tantos cenários diferentes, existem pontos de vista quase para todos os gostos...
Mas quando falo da morte em combate, dos corpos que ficam irreconhecíveis, dos soldados que não se conseguem recuperar (é dever dos militares não deixar ninguém para trás, nem mesmo os mortos, mas às vezes é impossível resgatar os corpos dos companheiros de jornada), a conversa muda de tom. Percebem que, goste-se ou não de militares, estamos a falar de seres humanos, quase sempre empurrados para os campos de batalha de uma forma involuntária.
Só desta maneira crua é que descobrem a essência da homenagem que é feita ao “Soldado Desconhecido”, porque ele existe e é a principal vitima de todas as guerras...
Às vezes sou metido ao barulho, por ter sido militar, perante falsos “objectores de consciência” que além de nunca terem acordado ao sou do toque de alvorada, gostam de brincar com a “promessa” de se defender da pátria com a própria vida, prometida em qualquer juramento de bandeira, por soldados de carne e osso.
Sinto o quanto é complicado ajuizar sobre termos militares, num país que até parece (ou finge...) que não conviveu com um cenário de guerra, relativamente recente, nas nossas antigas colónias.
O nosso passado, acaba por influenciar de uma forma decisiva a nossa opinião.
Surge quase de imediato uma divisão natural: o facto de termos sido ou não militares. Entre os que não assentaram praça, surgem outras sub-divisões, como por exemplo: os que ficaram livres naturalmente; os que “compraram” a passagem à disponibilidade; e por fim, os que “fugiram” do seu dever (era habitual durante a guerra colonial) emigrando a salto para o estrangeiro.
Depois há o tempo e a situação em que vestimos fardas. Como é normal, quem conviveu com a guerra, tem uma visão diferente de quem apenas conheceu a vida militar em tempo de paz.
Com tantos cenários diferentes, existem pontos de vista quase para todos os gostos...
Mas quando falo da morte em combate, dos corpos que ficam irreconhecíveis, dos soldados que não se conseguem recuperar (é dever dos militares não deixar ninguém para trás, nem mesmo os mortos, mas às vezes é impossível resgatar os corpos dos companheiros de jornada), a conversa muda de tom. Percebem que, goste-se ou não de militares, estamos a falar de seres humanos, quase sempre empurrados para os campos de batalha de uma forma involuntária.
Só desta maneira crua é que descobrem a essência da homenagem que é feita ao “Soldado Desconhecido”, porque ele existe e é a principal vitima de todas as guerras...
Mais um blogue? Isso é que é gostar de escrever Luís.
ResponderEliminarEspero que seja um sucesso como os outros dois.
É verdade Alice, felizmente continuo a gostar muito de escrever...
ResponderEliminarVamos ver o que sai daqui...