quarta-feira, janeiro 31, 2007

O 31 de Janeiro de 1891



A Revolução de 31 de Janeiro de 1891 embora estivesse praticamente condenada ao insucesso - devido ao afastamento à última hora de várias figuras predominantes do Republicanismo no Golpe -, concretizou-se, por uma questão de honra das pessoas envolvidas, que não quiseram adiar por mais tempo este movimento de descontentamento, que teve o seu momento alto logo após o Ultimato Inglês de 1890 (11 de Janeiro).

A Revolução rebentou no Porto, na madrugada do último dia de Janeiro, com a saída do quartel de várias unidades militares que ocuparam vários pontos importantes da cidade, inclusive os Paços do Concelho, onde chegou a ser proclamada a República e arvorada uma bandeira vermelha da República com enfeites azuis.

Algumas horas depois os militares sublevados foram obrigados a renderem-se à guarda municipal.

Há quem tenha tentado banalizar este movimento, chamando-lhe inclusive a "revolta dos sargentos". Mas não existem dúvidas que este golpe foi importantíssimo porque fez com que a Monarquia percebesse pela primeira vez que os republicanos não se resumiam aos intelectuais que escreviam nos jornais, considerados uns sonhadores, que não eram levados a sério pelo poder.

Os verdadeiros defensores da República acreditaram, finalmente, que a Monarquia começava a ter os seus dias contados...

A partir desta data foram suspensos vários jornais republicanos, encerrados centros republicanos e as suas escolas e as principais figuras do republicanismo começaram a ser vigiadas (algumas acabaram por ser presas). O próprio Partido Republicano passou a funcionar de uma forma quase clandestina.

4 comentários:

  1. Durante muitos anos, a rua 31 de Janeiro, no Porto, foi "crismada" de Santo António.
    Actualmente, não estou certa de qual é o nome que figura nas placas.
    Curioso como, uma das primeiras medidas a tomar, após uma mudança de regime, é mudar o nome às ruas, como se isso fosse alterar alguma coisa...

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  2. Tens razão Sininho.

    Há pessoas que não têm nada que ver com revoluções e que fizeram coisas importantes pelas suas terras, que acabam por ser substituídas por "revolucionários" que muitas vezes, nem sequer pisaram estes lugares, uma única vez...

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  3. Honra aos do 31 de Janeiro. Honra aos do 5 de Outubro. Honra aos que se lembram deles.
    Viva a República e os seus ideais.

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  4. Viva a República, Joaquim!

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