Já percebemos, depois da greve dos enfermeiros aos blocos operatórios, e de agora, dos motoristas que transportam materiais perigosos, que vale quase tudo, para que sejam conseguidos os objectivos propostos pelos seus sindicatos.
Mas não deixa de ser estranho, que se opte por prejudicar, fundamentalmente, quem não tem qualquer responsabilidade pela sua situação, ao ponto de conseguirem essa coisa extraordinária, de virar a maior parte das pessoas contra eles...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Se não virassem as pessoas contra eles como é que os Mexias deste país viveriam sem os 5.000€/dia, repito 5.000 por dia.
ResponderEliminarTalvez exista uma maneira de "lixar" os Mexias deste país, e não apenas o "Zé", Severino.
EliminarA nossa imaginação nem sempre vai para os melhores sítios...
Assunto complicadíssimo, caro Luís Eme.
ResponderEliminarHá dias, armei uma parva discussão no café do bairro – já tenho idade mais que suficiente para ter juízo e não embarcar em certos batéis - quando ouvi falar nos «desgraçados» dos camionistas e meti à baila a experiência chilena de Salvador Allende em Setembro de 1973.
Houve aqui um aproveitamento para, em ano eleitoral, enfraquecer a «geringonça». Certo que há razões salariais, condições de trabalho, outras mais, mas não é tudo. Não são de hoje, vêm de muito longe, e sempre houve um estranho conluio entre algumas entidades patronais e alguns trabalhadores.
Um assunto para ser tratado com pinças.
No meio das dúvidas que o seu texto suscita, em busca de uma outra história, encontrei palavras suas que um dia, Janeiro de 2012, citei no cais:
«Há dias que me irrita de uma forma menos latente, a estranheza que está dentro de mim, aquela coisa que se esconde por detrás de tudo, até do espelho.
Já nem sei se me incomoda ter voltado a viver o tempo das dúvidas e incertezas. Na meninice também era um pouco assim, embora obtivesse mais respostas e partisse para outra pergunta, afastando-me da "terra das incertezas".
É por isso que me pergunto muitas vezes: «porquê esta busca pela sabedoria e conhecimento, se isso só nos torna mais infelizes, só faz com que nos esqueçamos de nós e das pequenas coisas que nos dão prazer?»
Só pode ser mesmo porque sim...»
Claro que é, Sammy.
EliminarMas o problema é percebermos que não só há aproveitamento (ano eleitoral...), como estes novos grevistas tratam as pessoas (todos nós) como meros objectos. Embora apenas sigam a "cartilha" dos políticos...